A importância de ter boas informações levava a que, logo ao nível dos comités centrais dos movimentos, existisse um departamento de informação e propaganda.
O conselho militar, que correspondia a um estado-maior conjunto, incluía, no quartel-general, uma secção de informações e outra de assuntos confidenciais. A primeira, designada por «Inteligência», dispunha de uma unidade de reconhecimento e controlava os agentes infiltrados e os informadores, enquanto a segunda constituía um serviço de cifra.
Ao nível das bases de guerrilheiros, em todas existia um «chefe de reconhecimento», que centralizava a aquisição e estudo das informações.
Nos batalhões organizados pelo PAIGC e pela Frelimo havia, também, um chefe de reconhecimento, com as mesmas funções de coordenação do sistema de informações.
O «Manual do Guerrilheiro», utilizado por todos os movimentos, ensinava que as informações do inimigo se obtêm:
– Pela observação;
– Pela exploração dos conhecimentos dos habitantes locais;
– Pelo interrogatório dos desertores e prisioneiros;
– Pelo reconhecimento de combate;
– Pela ajuda de redes de colaboradores secretos.
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