A emboscada é uma operação realizada de surpresa sobre elementos adversos em movimento, para os aniquilar ou impedir de atingir determinados pontos, colher informações, fazer prisioneiros, apreender armas e documentos, causar danos e criar a instabilidade.
Consiste na instalação dissimulada de dispositivo adequado em local escolhido, que se designa por zona de morte, onde se detém e se ataca o inimigo.
Manter o silêncio, a dissimulação, a camuflagem, a imobilidade, a atenção permanente durante longas horas, por vezes dias, em condições climatéricas muito difíceis, com calor ou chuva, de dia ou de noite, sujeito à acção de insectos, com fome e sede, exigia grande disciplina e espírito de sacrifício por parte dos combatentes que montavam uma emboscada.
A sua realização frequente com resultados infrutíferos conduzia ao desleixo das tropas, tornando-as vulneráveis a golpes de mão e a contra-emboscadas.
Habitualmente, as emboscadas eram montadas em locais de passagem obrigatória ou provável, como desfiladeiros e passagens a vau de rios, ou junto a lavras e a fontes.
O dispositivo do grupo de combate resumia-se a uma equipa de vigilância de dois homens, uma de detenção, com metralhadora ou lança-granadas, e um grupo de assalto.
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