Depois do significativo salto quantitativo verificado no ano anterior, o aumento das tropas do Exército no conjunto dos três teatros de operações estabiliza, sendo os efectivos, no final de 1972, acrescidos de pouco mais de um milhar de homens, relativamente a um ano antes, mantendo-se, com uma ligeira subida, a tendência para o aumento da percentagem de tropas oriundas dos recrutamentos locais.Uma significativa parte destas tropas de recrutamento local estão a ser utilizadas como forças especiais, em acções conjuntas, ou não, com as tropas especiais de origem metropolitana.
A intensa actividade operacional que se regista nos três teatros de operações – onde somente em Angola são assinalados resultados classificáveis de positivos – vai decorrendo grandemente impulsionada pelas operações em que intervêm tropas das reservas dos respectivos comandantes-chefes, maioritariamente constituídas por companhias de Comandos, Fuzileiros, Pára-quedistas e Grupos Especiais de tropas do recrutamento local. As unidades de quadrícula, sobretudo em Moçambique e na Guiné, prosseguem a sua missão de intenso sacrifício e escassa produtividade operacional. As companhias chegam às zonas de guerra cada vez mais mal preparadas no capítulo da instrução e com um enquadramento quase totalmente miliciano. Neste ano, diversas unidades tipo batalhão vindas da Metrópole chegam aos teatros de operações, com apenas três oficiais do quadro permanente da respectiva arma: o comandante, o 2.º comandante do batalhão e o oficial de operações.
Os comandantes das companhias são oficiais milicianos, havendo batalhões em que os três capitães das companhias de caçadores (ou equivalente), além de milicianos, são todos “de aviário”, isto é, oriundos do quadro de complemento.
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