18/06/1963 -
Utilização, pela primeira vez pelo PAIGC, de metralhadoras num ataque a uma posição portuguesa.
Em 18 de Junho de 1963 um numeroso grupo atacou simultaneamente a tabanca fula de Príame e a povoação e o quartel de Catió. Neste ataque, o PAIGC empregou pela primeira vez metralhadoras ligeiras. Nesta altura o PAIGC já dispunha de grandes quantidades de armamento de características modernas.
Durante as emboscadas, os seus grupos, em regra bastante numerosos, actuavam sem qualquer preocupação de poupar munições, atirando de cima das árvores ou detrás dos morros de baga-baga.
No final do mês de Maio, o PAIGC tinha começado a actuar na área de Xime, na margem direita do rio Corubal, onde era muito limitado o movimento de viaturas do Exército português, porque as pontes e pontões haviam sido destruídos e existiam abatizes. Esta situação era particularmente difícil em toda a península de Cacine e nos itinerários Tite–Fulacunda, Catió–Tombali, Empada–Madina, Catió–Bedanda e Tite-Nova Sintra-Jabadá.
Metralhadoras
As metralhadoras ligeiras surgiram durante a I Guerra Mundial como armas de acompanhamento das pequenas unidades de Infantaria, de modo a manter o apoio de fogo automático durante uma progressão ou um ataque. Estas primeiras metralhadoras pesavam mais de trinta quilos, tripé incluído, o que dificultava o desempenho dessas tarefas.
A partir daí, a metralhadora ligeira passou a ser a arma por excelência das secções de atiradores, funcionando em regra por carregadores.
Ainda hoje, apesar de as secções de atiradores estarem dotadas de espingardas automáticas, a metralhadora ligeira continua a ser usada por todos os exércitos. Aliás, hoje há várias metralhadoras ligeiras baseadas numa espingarda automática, como foi o caso da HK-21, em relação à espingarda G-3. Tem a vantagem de partilhar muitas peças e de facilitar a instrução e utilização em combate.
Armas dos movimentos de libertação
Nos quadros anexos podem comparar-se as características das metralhadoras (ligeiras, médias e pesadas) mais usadas pelos movimentos de libertação e pelas forças portuguesas durante a Guerra Colonial.
Armas das forças portuguesas