Ao completarem-se cinco anos sobre a data do início da guerra em Angola, começam a ser evidentes os primeiros sinais de esgotamento de recursos humanos, para já apenas ao nível dos oficiais e sargentos do Quadro Permanente do Exército. É neste ano que tem início a convocação para o serviço de campanha, em África, dos tenentes milicianos que se encontravam na disponibilidade e não tinham sido mobilizados como oficiais subalternos. São chamados com vista à frequência do Curso de Promoção a Capitão, para serem mobilizados como comandantes de companhia. Por outro lado, o ministro do Exército pode agora, por despacho, autorizar que a promoção de oficiais do Exército ao posto imediato se faça com dispensa da frequência dos cursos de promoção normalmente estabelecidos.
A abertura de uma nova “frente” no Leste de Angola, a tão grande distância da zona de operações do Norte, vem criar novas dificuldades às tropas portuguesas, num terreno substancialmente diferente daquele em que, até então, se travara o conflito, e numa área com uma extensão incomparavelmente superior. No imediato, todavia, a constatação dessa realidade não motivou mudanças significativas no dispositivo ou na composição das forças atribuídas à respectiva Zona Militar, mas a pressão dos guerrilheiros a isso irá conduzir num futuro próximo.
Na década de sessenta, e até 1970, a concessionária da exploração de diamantes de Angola, a Diamang, produziu 36,7 milhões de carates, sete mil carates por dia, e 2,5 milhões de carates em 1972. Nessa época, a média do valor do carate era de 140 a 180 dólares americanos. Portanto, um valor de cerca de 500 milhões de dólares anuais. A Diamang era proprietária de uma concessão de mais de um milhão de quilómetros quadrados, 81% do território de Angola!
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