30/06/1960 -

Independência do ex-Congo Belga, depois República Democrática do Congo e também Zaire.

Mais do que uma colónia, o antigo Congo Belga era uma propriedade pessoal do rei Leopoldo II, que lhe deu o nome de “Estado Livre do Congo”, e é frequentemente considerado como o território da mais violenta e brutal exploração colonial feita pelos europeus em África. Na sequência de protestos internacionais, a Bélgica tomou oficialmente posse do território, que passou a ser designado como Congo Belga.

Em 1960, a Bélgica anunciou que iria conceder a independência ao Congo, dando cinco meses para as novas autoridades se prepararem, o que era manifestamente insuficiente.

A independência foi declarada a 30 de Junho, sendo primeiro-ministro Patrice Lumumba e presidente Joseph Kasavubu. Logo na primeira semana de Julho, o novo Exército do Congo revoltou-se contra os oficiais brancos que se mantinham, e ocorreram numerosos ataques contra os europeus em geral. Rapidamente a situação ficou fora do controlo das novas autoridades, espalhando o pânico entre os 100 000 belgas que viviam em redor da capital, Leopoldville.

O Governo belga, que tinha concedido uma apressada e mal preparada independência, enviou então pára-quedistas para proteger os seus cidadãos, o que provocou uma crise política que levou à intervenção das Nações Unidas.

A independência do Congo e a política de Lumumba motivaram também a reacção das grandes companhias de exploração das riquezas minerais na região do Catanga. Estavam assim reunidas as condições que iriam fazer do Congo e do Catanga uma das regiões mais instáveis de África e que viria a ter uma importância decisiva no desenvolvimento da situação em Angola.