O ano de 1963 fica marcado pelo início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite levado a cabo pelo PAIGC, ao findar o mês de Janeiro. Embora não se tratasse de uma verdadeira surpresa, esta nova frente da guerra passava a constituir mais um motivo de desgaste para as forças portuguesas, num território particularmente difícil do ponto de vista físico e que, pelas suas reduzidas dimensões, se tornava, todo ele, vulnerável às acções da guerrilha. A guarnição militar da Guiné (só Exército), que, no final de 1962, tinha um efectivo de 5070 homens, terminará o ano de 1963 com um total de 9650. A estas forças vão-se somar as da Força Aérea e da Marinha, sendo de assinalar, neste ano, a chegada das primeiras tropas Pára-quedistas.
No capítulo da organização do dispositivo, manteve-se o sistema de quadrícula em Angola, começando a sua aplicação a ser feita, igualmente, nas outras duas principais colónias. Os comandos locais, à medida que iam dispondo de mais tropas, procediam aos reajustamentos dos limites das áreas de responsabilidade das unidades fixas.
Entretanto, prosseguindo a implementação das forças especiais, o Exército criou o Centro de Instrução 25 (CI 25) para instrução de Grupos de Comandos, em Quibala Norte, Angola, surgindo então, pela primeira vez, a designação de “Comandos” para as tropas aqui instruídas.
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