Início da III Conferência de Solidariedade Afro-Asiática no Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal.
A sede foi inaugurada pelo presidente argelino Ben Bella na presença de Agostinho Neto. A FLN, a Frente de Libertação Nacional, também organizou o dia de Angola, para apoiar o MPLA como representante da luta pela independância.
Portaria do ministro do Exército que aprovou o manual “O Exército na Guerra Subversiva”.
O manual “O Exército na Guerra Subversiva” foi aprovado por portaria do ministro do Exército de 9 de Fevereiro de 1963, e posto em execução desde logo. Ele sistematiza os conhecimentos sobre este tipo de guerra, que já vinham sendo ensinados e praticados, acabando por ser editado em cinco volumes:
I – Generalidades
II – Operações contra bandos armados e guerrilhas
III – Acção Psicológica
IV – Apoio a autoridades civis
V – Administração e Logística
Logo na primeira página, o novo regulamento definia “Guerra Subversiva” como uma “luta conduzida no interior de um dado território, por uma parte dos seus habitantes, ajudados e reforçados ou não do exterior, contra as autoridades de direito ou de facto estabelecidas, com a finalidade de lhes retirar o controlo desse território ou, pelo menos, de paralisar a sua acção”.
Apoiado na melhor bibliografia, nacional e estrangeira, sobre o tema proposto no título, o regulamento punha uma ênfase especial no conceito mais restrito de Guerra Revolucionária, frisando que ainda que a guerra revolucionária englobe guerras subversivas, nem todas as guerras subversivas poderão ser incluídas no conceito de Guerra Revolucionária, isto é, ser conduzidas segundo a doutrina marxista-leninista e ter por finalidade a implantação do comunismo. Tratava-se, por conseguinte, de pôr em destaque que a Guerra Revolucionária, para além dos contornos contidos na definição inicialmente apresentada, aprofundava as suas características próprias através de especificidades no tocante à doutrina seguida (a marxista-leninista), aos objectivos a alcançar (implantar um regime comunista) e aos meios e processos (todos, sem excepção).
Com este enquadramento, o regulamento português colocava as tropas portuguesas dentro da luta mais generalizada que opunha os dois grandes blocos político-militares (NATO e Pacto de Varsóvia), isto é, como combatentes da linha da frente do conflito mais vasto que ficou conhecido como Guerra Fria.
We use cookies to personalise content and ads, to provide social media features and to analyse our traffic. We also share information about your use of our site with our social media, advertising and analytics partners. View more