Fundação da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA), sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos.
A FDLA surgiu pouco tempo antes da visita da “Missão de Boa Vontade” da OUA para tentar a reconciliação do MPLA e da FNLA, ocorrida no início de Julho. A FDLA era constituída pelo MPLA, dirigido por Agostinho Neto, pelo NGWIZAKO, uma associação dos congoleses de expressão portuguesa, pelo Movimento Nacional de Angola (MNA), pelo Movimento da Defesa dos Interesses de Angola (MDIA), a que se juntou o NTOBAKO (Associação dos Bacongos de Angola, filiada na ABAKO do Congo).
A criação da FDLA acentuou as divergências entre Agostinho Neto e Viriato da Cruz. De facto, o NGWIZAKO, o MDIA e o MNA tinham sido denunciados pelo MPLA e pela FNLA por terem contactos com as autoridades portuguesas (o que foi confirmado por Pedro Cardoso, que manteve contactos com os seus dirigentes enquanto foi responsável pelo Serviço de Centralização e Coordenação de Informações de Angola). A formação da FDLA poderia, assim, ser considerada um acto de puro oportunismo.
Utilização, pela primeira vez pelo PAIGC, de metralhadoras num ataque a uma posição portuguesa.
Em 18 de Junho de 1963 um numeroso grupo atacou simultaneamente a tabanca fula de Príame e a povoação e o quartel de Catió. Neste ataque, o PAIGC empregou pela primeira vez metralhadoras ligeiras. Nesta altura o PAIGC já dispunha de grandes quantidades de armamento de características modernas.
Durante as emboscadas, os seus grupos, em regra bastante numerosos, actuavam sem qualquer preocupação de poupar munições, atirando de cima das árvores ou detrás dos morros de baga-baga.
No final do mês de Maio, o PAIGC tinha começado a actuar na área de Xime, na margem direita do rio Corubal, onde era muito limitado o movimento de viaturas do Exército português, porque as pontes e pontões haviam sido destruídos e existiam abatizes. Esta situação era particularmente difícil em toda a península de Cacine e nos itinerários Tite–Fulacunda, Catió–Tombali, Empada–Madina, Catió–Bedanda e Tite-Nova Sintra-Jabadá.
Metralhadoras
As metralhadoras ligeiras surgiram durante a I Guerra Mundial como armas de acompanhamento das pequenas unidades de Infantaria, de modo a manter o apoio de fogo automático durante uma progressão ou um ataque. Estas primeiras metralhadoras pesavam mais de trinta quilos, tripé incluído, o que dificultava o desempenho dessas tarefas.
A partir daí, a metralhadora ligeira passou a ser a arma por excelência das secções de atiradores, funcionando em regra por carregadores.
Ainda hoje, apesar de as secções de atiradores estarem dotadas de espingardas automáticas, a metralhadora ligeira continua a ser usada por todos os exércitos. Aliás, hoje há várias metralhadoras ligeiras baseadas numa espingarda automática, como foi o caso da HK-21, em relação à espingarda G-3. Tem a vantagem de partilhar muitas peças e de facilitar a instrução e utilização em combate.
Armas dos movimentos de libertação
Nos quadros anexos podem comparar-se as características das metralhadoras (ligeiras, médias e pesadas) mais usadas pelos movimentos de libertação e pelas forças portuguesas durante a Guerra Colonial.
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