Antecedentes . Os anos que geraram um novo Mundo

Armamento Português

Um Ponto de Partida

Por Nuno Santa Clara Gomes

Neste trabalho, não se pretende fazer um historial do armamento das Forças Armadas Portuguesas no século XX, mas apenas do material que foi empregue na Guerra Colonial, e é esse que será descrito desde a sua procura, adopção e distribuição. E assentemos desde já que o estado do armamento de Portugal, nas vésperas do eclodir desse conflito, era mais o resultado de várias contingências do que o resultado de um plano de longo prazo definido e coerente.

Reequipamento dos anos 30

Após o 28 de Maio de 1926, o primeiro esforço militar do novo regime foi o reequipamento da Marinha, considerada indispensável para a manutenção do Império – isto apesar do muito maior peso do Exército na política nacional e no aparelho do Estado. Assim, até 1936, a Marinha foi dotada de cinco contra-torpedeiros (destroyers) da classe Vouga, dois avisos da classe Afonso de Albuquerque, dois avisos da classe Gonçalves Zarco e dois avisos da classe João de Lisboa. A execução deste programa baseou-se na doutrina e tecnologia inglesas, com era tradição na Marinha. Além destes navios, foram construídos nos estaleiros da CUF quatro draga-minas da classe São Roque, adquiridos dois caça-minas ingleses da classe Faial e feitas no Arsenal do Alfeite (inaugurado em 1939) cinco lanchas da classe Azevia.

O desencadear da Guerra Civil de Espanha, com a ameaça de o conflito transpor a fronteira portuguesa, determinou o cancelamento do programa de reequipamento naval em curso e a procura imediata de armamento para o Exército, até aí remetido à manutenção da ordem interna e com fraca capacidade para enfrentar uma ameaça externa. Quando em 1936 se tornou imperioso o rearmamento do Exército, o Governo deparou-se com algumas questões de política externa. A Inglaterra, fornecedor privilegiado, punha reticências, não só porque iniciava também ela o seu rearmamento em ritmo acelerado, ditado pela evolução da situação na Alemanha de Hitler, mas também porque receava que algum do material fornecido fosse parar ao lado nacionalista da Guerra de Espanha, ao arrepio da política oficial de não intervenção.

Material dos países do Eixo

Por outro lado, a Alemanha, com o seu rearmamento já em marcha, e ávida de alguns produtos estratégicos, como o volfrâmio ou as conservas de peixe, estava disposta a dar contrapartidas interessantes, para além da qualidade insofismável do seu material. A questão estava em que, caso a guerra estalasse na Europa Ocidental, inevitavelmente a linha de abastecimentos a partir da Alemanha estaria de imediato cortada.

Ultrapassada parcialmente essa questão com transferência de tecnologia alemã, Portugal enveredou pela aquisição de material de guerra oriundo das potências do Eixo, sobretudo por imperativos técnico-financeiros. Assim, foi adoptada a espingarda Mauser m/937 de 7,92mm, parcialmente fabricada em Portugal, que passou a ser a arma base do Exército, arrastando com essa decisão a alteração do calibre base das restantes armas ligeiras. As velhas espingardas Lee Enfield inglesas de 7,7mm da I Guerra Mundial, bem como as metralhadoras desse calibre, foram remetidas para unidades de serviços ou para as colónias, nomeadamente para as tropas de 2.ª linha, numa política que hoje se chama cascading.

A espingarda Mauser não era de todo novidade, porquanto já existia no Exército o modelo Mauser m/94 de 6,5mm; esta arma foi depois, com assistência alemã, modificada para o calibre 7,92mm, passando a ser conhecida como m/904-39, tendo estado também presente em algumas das colónias.

A par desta arma-base, foi adoptada para as secções de atiradores de Infantaria a metralhadora ligeira Dreyse de 7,62mm m/938. Das metralhadoras ligeiras anteriormente existentes, apenas foi conservada a Madsen, na variante inicial de 7,7mm e nas posteriores de 7,92mm.

Foram ainda adquiridas a metralhadora Breda m/938, de origem italiana, como arma de Batalhão, e, já em 1944, a metralhadora ligeira MG34 Borsig, com arma de Companhia.

Com a pistola-metralhadora austríaca Steyer 9mm m/942 e a pistola Luger Parabellum 9mm m/943, esta já usada em Portugal, mas com o calibre 7,65mm, concluiu-se o ciclo de aquisições de armas ligeiras ao Eixo.

No tocante a material pesado, e por razões semelhantes, optou-se pelas mesmas origens. Foi assim recebido, para a Artilharia de campanha, o obus de montanha 7,5cm m/940, italiano, os obuses 10,5cm/28 m/941, nos modelos K e R, e o obus 15cm/30 m/941, todos alemães. Os obuses de 10,5cm vieram a ser modificados nos anos 50, de forma a poderem disparar as munições de padrão NATO.

Até à criação da Força Aérea como Ramo independente das Forças Armadas, a Marinha e o Exército dispunham das suas Aeronáuticas. Dos aviões adquiridos na “fase Eixo”, apenas sobreviviam, na década de 60, os venerandos trimotores Junkers Ju52/mg3, em algumas variantes, para instrução de saltos dos pára-quedistas.

Chegada a Lisboa de material para reequipamento do Exército na década de 1950. [DGARQ-TT-Flama]

Material proveniente dos Aliados

O evoluir da II Guerra Mundial ditou a passagem da “neutralidade equidistante” a uma postura mais colaborante, sobretudo com a tomada de consciência das ameaças que pairavam sobre os Açores. Na sequência das contrapartidas pela utilização deste arquipélago, Portugal recebeu quantidades importantes de material de guerra de origem inglesa, com destaque para o Exército. Estando o programa de armamento ligeiro completo, foram recebidas apenas algumas metralhadoras ligeiras Bren 7,7mm m/943 e pistolas metralhadoras Sten 9mm m/943, além do morteiro ligeiro de 5cm (2”) m/943 e de granadas de mão Mills m/944. Foi ainda recebida a arma anticarro PIAT, que esteve presente na Índia.

Para a Artilharia de campanha foram recebidos o obus 8,8cm m/943 (o célebre 25 pounder), o obus 14cm m/943 e a peça 11,4cm m/943. Pode também ser referida a peça antiaérea de 4cm L60 Boffors m/942, por ter sido também utilizada pela Marinha nos seus navios, em tiro contra alvos terrestres, e pelo Exército na protecção das bases aéreas.

Dos aviões então recebidos e ainda sobreviventes em 1960, há a referir o bimotor Airspeed Oxford I, de instrução, recebido pela Aeronáutica Naval em 1943.

Posição de Artilharia com material 8,8cm, em Angola. [AHM]
Posição de Artilharia com material 7,5cm, em Angola. [AHM]

Material excedentário da II Guerra Mundial

Encerrado o capítulo da II Guerra Mundial, no pós-guerra houve alguma transferência de material excedentário, como as duas fragatas inglesas da classe Diogo Gomes em 1948, e de seis patrulhas costeiros americanos (classe Príncipe).

Na aviação deve salientar-se a recepção em 1947 dos primeiros monomotores de treino avançado AT-6, que viriam a ser um dos “cavalos de batalha” em África, depois de adaptados para ataque ao solo. Foram também recebidos os primeiros aviões de transporte bimotores Douglas C-47 (na verdade, o primeiro havia aterrado em Portugal em 1943 e sido incorporado na Aeronáutica) e quadrimotores Douglas C-54 Skymaster.

Pela sua singularidade, merece referência a concepção e fabrico em Portugal de uma arma ligeira, a pistola-metralhadora 9mm m/948 FBP (da Fábrica de Braço de Prata), que passou a ser a arma base deste tipo.

A fase da NATO

A fase seguinte corresponde à entrada de Portugal na NATO, que veio revolucionar toda a organização militar portuguesa. Não só foi necessário organizar e equipar uma grande unidade – a 3.ª Divisão de Infantaria – pelo modelo americano, como também remodelar a organização superior das Forças Armadas, com a criação da Força Aérea e reorganização do Ministério da Defesa.

Do armamento recebido pelo Exército destaca-se a mundialmente conhecida, e ainda hoje empregue, metralhadora pesada 12,7mm m/955 Browning M2, e a metralhadora 7,62mm m/952 Browning M1919 A4, que equipava os meios blindados então recebidos.

Quanto a armas pesadas, foram recebidos morteiros de 10,7cm m/952 e de 6cm m/956, além de 8cm, ou 81mm, a juntar ao já existente 8cm m/937. Os de 60mm e de 81mm viriam a ser fabricados em Portugal. Na artilharia de campanha, apenas foram modernizados os obuses de 10,5cm existentes.

O único armamento anticarro recebido que veio a ser utilizado foi o lança-granadas foguete 8,9cm m/955 (vulgo bazuca), apesar de só dispor de munições anticarro. Também foi encarado o emprego de canhões sem recuo (10,6cm, 7,5cm e 5,7cm), mas não se revelaram utilizáveis nas condições da guerra de guerrilhas.

Da conjugação da entrada de Portugal na NATO, do Plano Marshall e da cooperação bilateral com a Alemanha resultou muito aumentada a capacidade da indústria militar de Portugal, tornando-se possível, no fim da década de 50, fabricar grandes quantidade de cartuchos de 7,62mm, antes mesmo de ser adoptado esse calibre no Exército, granadas de artilharia de 10,5cm e granadas de morteiro.

Os meios blindados adquiridos nesse período foram deslocados para as colónias apenas meios ligeiros, autometralhadoras e transportes de pessoal, com que se equiparam vários esquadrões de reconhecimento. Para Angola foram deslocadas autometralhadoras Panhard EBR e ETT de origem francesa e já do pós-guerra; nas restantes foram colocadas as veteranas Humber m/943 Granadeiro m/947 e Daimler Dingo. A breve passagem dos carros de combate ligeiros M3 Stuart não deixou registo digno de nota.

Quanto a transmissões de campanha, havia rádios obsoletos, veteranos da II Guerra Mundial, como os ZC-1, P-19 e P-21 de origem inglesa, alguns dos quais seriam cedidos à administração colonial, e modelos mais recentes, recebidos após a adesão à NATO, como os AN/GRC-9, AN/PRC-10 e SCR-694.

O problema estava em que estes rádios haviam sido concebidos para uma guerra clássica, e como tal eficazes apenas para distâncias muito mais curtas do que as ditadas por uma guerra de guerrilha nos teatros coloniais.

EBR dos Dragões de Silva Porto, no Norte de Angola, [AHM]

Marinha

A Marinha veio a ser equipada, de 1955 a 1957, com oito navios patrulha da classe Maio, em parte construídos em Portugal. Foram também recebidos, a partir de 1950, oito draga-minas da classe Ponta Delgada, e a partir de 1954, quatro outros da classe São Jorge, todos eles de origem americana e com casco de madeira.

Na sequência da importância novamente dada à Marinha, com a integração de Portugal num comando aeronaval da NATO (SACLANT) foram recebidas entre 1957 e 1961 quatro fragatas inglesas da classe Álvares Cabral (classe Bay inglesa), bem como duas fragatas da classe Diogo Cão de origem americana, tipo escort destroyer.

Com mais duas lanchas da classe Antares, de casco de plástico, ficaram assim constituídos os meios navais com que Portugal se veria envolvido nas várias frentes, incluindo a Índia.

Força Aérea

Pode considerar-se ter sido a Força Aérea Portuguesa (FAP) o Ramo que mais meios recebeu, logo após a sua constituição e de ter recebido os aparelhos das Aeronáuticas do Exército e da Marinha, na maioria veteranos da II Guerra Mundial.

Após os primeiros aviões AT-6 A de treino avançado, seguiram-se outros de vários modelos, incluindo o SNJ-4 da Marinha, num total de 127 aparelhos. Para a instrução básica foram recebidos inicialmente dez aviões De Haviland DHC 1 Chipmunk, a que se seguiu o fabrico em Alverca (OGMA) de mais 66, sendo assim substituído o venerável biplano Tiger Moth, que tantos pilotos formara.

Contrariando a orientação tomada quando da fundação da FAP (na linha de Goering: “tudo quanto voa me pertence”) foram ainda adquiridos para o Exército aviões de observação e ligação Piper Super Cub de vários modelos, num total de 18, que acabaram por ser transferidos para a FAP. Do mesmo modo foram transferidos para a FAP 25 bimotores Beechcraft da Marinha.

Esta decisão acarretou também que ficassem cometidas à FAP a patrulha marítima e a busca e salvamento no mar, para o que esta recebeu, entre 1954 e 1956, 16 hidroaviões Gruman AS-16 A Albatross e 34 Lockheed PV-2 Harpoon de luta anti-submarina. Substituídos em 1960 na luta anti-submarina por 12 Lockheed P2V-5F Neptune, os PV-2 viriam a ser empregues no ataque ao solo, em Angola.

Mas o grande salto qualitativo da FAP foi a adopção do caça a jacto Republic F-84G Thunderjet, a partir de 1952, de que seriam recebidos 125 aparelhos. Seguiu-se, a partir de 1953, o jacto de instrução Lockheed T-33 A, com 30 aparelhos, a que se juntaram em 1959 mais cinco Canadair T-33 AN Silver Star, o seu modelo canadiano. Novo salto seria dado a partir de 1958 com a entrada ao serviço de 65 caças a jacto North American F-86 Sabre.

A aviação de transporte foi aumentada a partir de 1953 com 29 bimotores Douglas C-47 Dakota e, em 1955, com mais nove quadrimotores Douglas C-54 Skymaster. Já em 1960 chegariam 12 bimotores franceses de transporte táctico Nord 2502 Nordatlas, concebidos para o lançamento de páraquedistas.

Em 1954 entrou ao serviço o primeiro helicóptero da FAP, um Sikorsky UH-19 A, destinado a busca e salvamento, que estacionou na Base Aérea n.º 4 (Lajes, Açores). Em 1958 começaram a ser recebidos sete helicópteros ligeiros Sud Aviation AS-3130 Allouette II, de origem francesa, que seriam muito utilizados em reconhecimento, transporte e evacuação sanitária.

Alouette II na Guiné. [AHM]

Quadro 1 – Material da Marinha

Quadro 2 – Armamento Ligeiro

Espingardas de repetição

LDP 213, no rio Zaire em Angola [AGM]

Metralhadoras

Pistolas-metralhadoras

Granadas de mão

Quadro 3 – Armas pesadas e colectivas de Infantaria, Cavalaria e Artilharia

Morteiros

Armas anticarro

Quadro 4 – Artilharia

Peças e obuses de campanha

Obus de 14 cm, na Guiné. [AHM]

Peças antiaéreas

Quadro 5 – Blindados

AM – Autometralhadora
VBTP – Viatura Blindada
de Transporte de Pessoal
CC – Carro de Combate

Coluna no Norte de Angola, com jipes armados com canhão sem recuo. [AHM]

A evolução da Força Aérea até ao início da Guerra Colonial
Os acontecimentos que anunciaram e depois concretizaram as operações militares nos teatros operacionais africanos permitiram constatar que os materiais e equipamentos existentes, além de escassos, não eram os mais convenientes para as novas situações criadas nas frentes coloniais. A situação da Força Aérea, no tocante a aviões que tiveram influência na guerra em África, era a seguinte:

Para complicar a questão, Portugal deparava-se com o embargo dos habituais fornecedores de material de guerra, nomeadamente dos Estados Unidos da América que, no pós-II Guerra Mundial, e sobretudo na Força Aérea, se tinham transformado no fornecedor por excelência.
Mesmo o fornecimento de helicópteros ou aviões não armados (pelo menos, à partida) foi liminarmente negado.
Assim, Portugal foi forçado a virar-se para fornecedores alternativos, que por razões políticas ou pragmáticas estavam dispostos a suprir as suas faltas.

Avião DC-3

O avião de transporte Douglas D-47 Dakota (também conhecido por DC-3), de origem americana, foi o cavalo de batalha da aviação de transporte táctico dos Aliados durante a II Guerra Mundial. Robusto e fiável, é ainda hoje utilizado nalguns países. O primeiro avião deste tipo a ser utilizado em Portugal era da USAAF e aterrou por avaria em 1943, tendo sido apreendido e depois integrado na então Aeronáutica Militar, do Exército. Foram depois adquiridos a partir de 1953 mais 28 para a Força Aérea.

Estavam dotados de dois motores radiais de 1200 hp, tinham uma velocidade máxima de 370 km/h, ou 290 em cruzeiro, um raio de acção de 3300 km e uma capacidade de carga de 3170 kg.

Avião DC-6

A necessidade de aumentar a capacidade de transporte entre os diversos territórios ditou a aquisição de dez Douglas DC- 6A/B, quadrimotores de tipo civil, sendo oito comprados à companhia Pan American e dois dos desactivados Transportes Aéreos da Índia Portuguesa. Estes aviões estavam dotados com quatro motores de 2500 hp, tendo uma velocidade de cruzeiro de 493 km/h e um raio de acção de 7900 km, o que permitia voar para Angola ou Moçambique sem problemas de escalas em países hostis. Podiam levar até 102 passageiros, mas eram usados normalmente em configurações mistas carga/passageiros.

Avião DO-27

As características da guerra ditaram a necessidade de uma frota de aviões ligeiros para missões de observação, ligação, evacuação sanitária, posto de comando aéreo e outras, que teriam de ser efectuadas a partir de pistas sumariamente preparadas. Foram assim escolhidos, dentro das possibilidades deixadas pelos embargos, dois cavalos de batalha desse tipo de operações.

O primeiro foi o avião ligeiro Dornier Do-27-A4, de origem alemã, equipado com um motor de pistão de seis cilindros opostos com 270 hp de potência, sendo capaz de uma velocidade máxima de 225 km/h, e um raio de acção de 940 km. Embora concebido para transporte, podendo levar até cinco passageiros, veio a ser equipado com dois “casulos” de 18 rockets de 37mm sob Avião DO-27, em Angola. [AHM] as asas.

Avião Auster

Outro aparelho omnipresente foi o Auster, pequeno monomotor concebido para missões de ligação, observação e evacuação sanitária. A decisão de adoptar este avião foi tomada ainda em 1961, tendo sido adquiridos na Inglaterra 15 aparelhos do modelo D.4/108, com um motor de 108 hp, que entraram ao serviço em 1961, enquanto se tratava da sua produção em Portugal, nas OGMA. O modelo produzido entre nós foi o OGMA-Auster D.5/160, com um motor mais potente (160 hp), tendo a FAP recebido 84 exemplares a partir de 1961. Esta versão tinha uma velocidade máxima de 203 km/h eum raio de acção de 740 km.

Este aparelho foi também fornecido às FAV (Formações Aéreas Voluntárias), tendo sido produzidos um total de 140 aviões.

Avião Noratlas

O avião de transporte Nord 2502 Noratlas, de origem francesa, entrou ao serviço da FAP em 1960, tendo sido adquiridos 12. A fuselagem incomum deste avião (alcunhado de “barriga de ginguba”) destina-se a facilitar quer a carga e a descarga, quer o salto de pára-quedistas. Estava dotado de dois motores de 2040 hp, complementados por dois pequenos reactores na ponta das asas, para auxiliar a descolagem e aterragem. Tinha uma velocidade máxima de 431 km/h, ou 314 em cruzeiro, e uma capacidade de transporte de 45 soldados ou 36 pára-quedistas, ou carga até 8356 kg.

Avião F-84

O avião Republic F-84G Thunderjet, de origem americana, foi o primeiro caça a jacto da FAP, tendo entrado ao serviço a partir de 1953, num total de 125 aparelhos. Estava armado com seis metralhadoras de 12,7mm (:50) e podia levar até 1814 kg de cargas externas.

Dotado de um motor de 2542 kgf, que lhe permitia uma velocidade máxima de 1020 km/h, tinha um raio de acção de 1600 km.

Américo Tomás, Almeida Fernandes e Costa Gomes durante uma visita à Fábrica Militar Vraço de Prata. [AHM]

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