Início da transmissão do programa de rádio “É Portugal que manda!”, destinado aos prisioneiros portugueses na Índia.
O programa foi transmitido diariamente durante 90 dias, a partir dos estúdios da Emissora Nacional, até às vésperas do embarque de regresso a Portugal.
Muitos dos editoriais foram redigidos pessoalmente pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Câmara Pina, em forma de mensagens. Embora o programa fosse ouvido, pelo menos em alguns campos, nem sempre foi bem recebido, pois a notícia que os prisioneiros queriam ouvir era a da sua libertação, e essa só lhes foi dada passados alguns meses.
Resolução da Assembleia Geral da ONU, reprovando a repressão e acção armada desencadeada por Portugal contra o povo angolano, reafirmando o direito deste à autodeterminação e independência.
Condenação, no Tribunal Militar de Lisboa, à revelia, dos 26 portugueses participantes no assalto ao Santa Maria, a penas de prisão entre 15 e 22 anos, sendo o jornalista Miguel Urbano Rodrigues absolvido.
Decreto-lei n.º 44.190, que reformulou a divisão territorial do Exército.
Nesta reorganização, e no tocante a Angola, a designação de 3.ª Região Militar foi substituída pela de Região Militar de Angola, sendo esta, por sua vez, subdividida em cinco Comandos Territoriais – Cabinda (sede em Cabinda), Norte (Carmona), Centro (Nova Lisboa), Sul (Sá da Bandeira) e Leste (Luso). De forma análoga, a agora designada Região Militar de Moçambique ficava subdividida em três Comandos Territoriais – Norte (Nampula), Centro (Beira) e Sul (Lourenço Marques).
Os responsáveis dos Comandos Territoriais eram oficiais-generais com a patente de brigadeiro, tendo sob as suas ordens as diversas unidades de escalão batalhão (unidades da guarnição da província e unidades de reforço, vindas da Metrópole) e as companhias e pelotões independentes que desempenhavam missões operacionais e administrativo-
-logísticas.
As negociações para se resolver o conflito franco-argelino conduziram aos acordos de Evian entre o ministro francês dos Negócios Argelinos, Louis Joxe, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do “Governo Provisório da República da Argélia”, Krim Belkacem, assinados a 18 de Março de 1962.
Os acordos reconheciam a soberania do Estado argelino e colocavam um fim a oito anos de guerra e a mais de um século de presença francesa na Argélia.
O cessar-fogo foi marcado para o dia seguinte, ao meio-dia e a França comprometia-se a evacuar as suas tropas progressivamente e a manter a ajuda económica durante três anos. Obtinha também garantias sobre o petróleo
descoberto ou a descobrir, beneficiando ainda de um direito de preferência.
Apesar da assinatura dos acordos, a violência continuou até ao dia 5 de Julho, data da proclamação solene da independência da Argélia.
We use cookies to personalise content and ads, to provide social media features and to analyse our traffic. We also share information about your use of our site with our social media, advertising and analytics partners. View more