Em Setembro, a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) deu início à luta armada, desencadeando um ataque à localidade de Chai, em Cabo Delgado. Com esta acção, abria-se a terceira frente da Guerra Colonial, obrigando as Forças Armadas portuguesas a um ainda maior esforço na luta contra os movimentos independentistas africanos. No ano de 1964 a situação internacional alterou-se de forma pouco favorável para Portugal. Neste período, a geopolítica africana modificou-se consideravelmente, em especial nas fronteiras das colónias portuguesas. Em Zanzibar, país que se tinha tornado independente em Dezembro de 1963, ocorreu um golpe de Estado sangrento que colocou no poder um Governo revolucionário que proclamou a República e cortou as relações diplomáticas com os Estados Unidos. Em Abril, uniram-se a Tanganica para criar a Tanzânia, com Julius Nyerere como presidente e o líder de Zanzibar como vice-presidente. Em breve, o compromisso anticolonialista do novo país seria sentido na fronteira norte de Moçambique, com o apoio à FRELIMO. A 6 de Julho deu-se a independência do protectorado britânico do Niassa, que adoptou o nome de Malawi. O seu novo presidente, Hastings Banda, decidiu mantê-lo na Commonwealth e mostrou-se conciliador com eles. A Rodésia do Norte também alcançou a sua independência a 23 de Novembro, adoptando o nome de Zâmbia, e tendo como presidente Kenneth Kaunda.
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