1968 - Continuar o regime e o império

1968 - Continuar o regime e o império

Os Acontecimentos

  • 05
      06/1968

    05/06/1968 - 

    Emboscada do PAIGC com utilização de vários fornilhos com rebentamento instantâneo.

    Esta acção em que foram accionados simultaneamente 8 fornilhos ocorreu na estrada Guileje-Gandembel e provocou um morto (oficial) e dois feridos graves.

    As minas eram do tipo TMD e foram comandadas à distância por meios eléctricos por sapadores que se encontravam abrigados.

  • 06
      06/1968

    06/06/1968 - 

    Operação Caídos do Céu com baixas entre os Pára-quedistas no Norte de Angola.

    A operação decorreu na zona a sul do Úcua (Dembos/Zona Militar Norte) e os Pára-quedistas sofreram entre 6 e 8 de Julho quatro mortos (sendo um oficial e dois sargentos), e sete feridos, entre os quais um oficial superior.

  • 06
      06/1968

    06/06/1968 - 

    Apresentação da directiva para os militantes do MPLA “Linha de Rumo” feita por Agostinho Neto aos microfones da Rádio Tanzânia.

  • 06
      06/1968

    06/06/1968 - 

    Avanço do MPLA até ao Bié, no Centro de Angola.

    Em 1965, Agostinho Neto tinha obtido os favores da Zâmbia para a abertura de vias de acesso e de abastecimento do movimento para o Leste de Angola. Foi uma enorme viragem no MPLA. A 18 de Março de 1966, o MPLA iniciou as operações militares no distrito do Moxico e a 6 de Junho de 1968 atingiu o Bié.

    Em 18 de Maio teve início o movimento de expansão do MPLA do Leste para a zona de Malange com a finalidade de instalar a IV Região Militar.

    Com a abertura da frente oriental, a guerrilha do movimento atinge uma dimensão verdadeiramente angolana, apoiada daí em diante pelas etnias mais representativas, incluindo uma parte dos bacongos.

  • 07
      06/1968

    07/06/1968 - 

    O Governo expulsa de Portugal o coreógrafo Maurice Béjart e a sua companhia de bailado, sob a acusação de terem efectuado em Lisboa um espectáculo em que um apelo ao pacifismo foi considerado pelas autoridades como “contrário aos objectivos nacionais”.

    Em 6 de Junho morreu Robert Kennedy, vítima de um atentado que tivera lugar dois dias antes. Nessa mesma noite, em Lisboa, Maurice Béjart apresentou o seu Ballet du XXème. Siècle, no Coliseu dos Recreios repleto. Durante a última cena, ouviu-se gritar, repetidamente, “Façam amor, não façam guerra!”.

    Simultaneamente, e em várias línguas, eram lidas notícias sobre lutas, revoltas e injustiças. Béjart veio ao palco para afirmar que Robert Kennedy fora “vítima de violência e de fascismo” e para pedir um minuto de silêncio “contra todas as formas de violência e de ditadura”. Com a maior parte dos espectadores de pé, renovaram-se os aplausos.

    Informado do sucedido, Salazar proibiu os espectáculos seguintes e ordenou que Béjart saísse imediatamente de Portugal.

  • 08
      06/1968

    08/06/1968 - 

    Directiva do Comando-Chefe da Guiné para a transferência da unidade estacionada em Madina do Boé.

    Devido à sua localização, cercada de elevações de terreno, Madina do Boé era considerada a Dien-Bien-Phu portuguesa. A guarnição militar, uma companhia do Exército, reforçada com artilharia, era frequentemente atacada e vivia dentro de abrigos, sem capacidade para outra actividade operacional que não fosse garantir o seu reabastecimento.

    Não existia qualquer interesse operacional em manter ali uma guarnição, não existiam populações locais que fosse necessário enquadrar ou proteger, pelo que a manutenção de uma unidade em Madina do Boé resultava apenas do preconceito de que sair podia ser visto como uma derrota.

    A ordem de Spínola para abandonar a guarnição resultava da sua visão pragmática de fazer a guerra e era reveladora do seu conceito de manobra, decididamente orientado para a conquista das populações.

    Abandonava terreno desabitado e libertava uma unidade que podia colocar numa zona de maior interesse.

  • 08
      06/1968

    08/06/1968 - 

    Informação do Estado-Maior do Exército sobre as “Prorrogações das comissões de serviço militar no Ultramar”, sustentando as vantagens que haveria em fomentar essas prorrogações em determinadas condições, por forma a garantir um maior período de permanência dos militares no mesmo território.

    Para justificar a proposta, a informação salienta o seguinte: “As fracas disponibilidades em pessoal, as constantes e contínuas comissões a que estão sujeitos os oficiais e sargentos do Q.P., os curtos períodos de intervalo em que permanecem na Metrópole, a dificuldade de na Metrópole conseguirem colocação nas localidades onde têm as suas casas e obrigações familiares, as reduzidas possibilidades financeiras da maioria dos militares do Q.P., origina um estado de pessimismo e de desânimo que urge eliminar ou, pelo menos, reduzir”.

  • 09
      06/1968

    09/06/1968 - 

    Ataque do PAIGC à povoação de Sare Jambara (Fajonquito) com granadas explosivas e granadas incendiárias, que provocaram o incêndio das casas. Foi a primeira utilização de granadas incendiárias referenciada pelas forças portuguesas.

  • 15
      06/1968

    15/06/1968 - 

    O MPLA, através do destacamento BBKO (Bomboko), chegou a Mandume, sendo dividido em três secções, que avançaram por escalões.

    O MPLA continuava o esforço de progressão ao longo da Rota Agostinho Neto, tendo os grupos Lastro escoltado o destacamento BBKO até Sautar, cobrindo-lhes os flancos e a retaguarda.

     

  • 17
      06/1968

    17/06/1968 - 

    Aprisionamento, pelas autoridades do Congo-Kinshasa, de um sargento e 12 soldados portugueses no interior daquele país.

    Estes militares seguiam numa viatura militar Unimog e faziam parte da escolta a um movimento logístico para Teixeira de Sousa. Dirigiram-se desta vila à ponte sobre o rio Luau, atravessaram-na entrando em território da RDC, onde foram presos.

    Este episódio foi atribuído a leviandade e inadvertência dos militares portugueses.

  • 20
      06/1968

    20/06/1968 - 

    A OUA reconhece o MPLA como único representante e organização combatente do povo angolano e retira todo o apoio à FNLA e ao GRAE.

    Desde o início da luta armada, o MPLA e a FNLA, confrontaram-se política e militarmente, numa amarga e irreconciliável rivalidade que acabou por enfraquecer o seu esforço anticolonial conjunto e ensombrar as primeiras décadas da independência de Angola.

    Durante os anos da guerra assistiu-se também a várias intervenções externas no conflito angolano. A Organização de Unidade Africana tentou unir os esforços dos anticolonialistas angolanos, mas algumas vezes acabou por deitar mais achas na fogueira da animosidade entre os movimentos angolanos.

  • 28
      06/1968

    28/06/1968 - 

    Recusa, pelas duas partes, do pedido de reconciliação entre o MPLA e o GRAE.

    Na sequência da recomendação do Comité Especial da OUA sobre Angola para que todos os países se recusassem a reconhecer o GRAE e para que o MPLA e o GRAE se reunissem numa comissão conjunta, os dois partidos emitiram um comunicado distribuído em Brazzaville e em Kinshasa informando que essa reunião não era possível.

  • 02
      07/1968

    02/07/1968 - 

    Queixa do Zaire de violação do seu território por tropas portuguesas.

  • 08
      07/1968

    08/07/1968 - 

    Memorando sobre “O moral do Exército” do Estado-Maior do Exército, baseado num conjunto de documentos provenientes do Ultramar e das unidades de instrução, com conclusões muito pessimistas, em especial em relação aos quadros permanentes.

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