Emboscada do PAIGC com utilização de vários fornilhos com rebentamento instantâneo.
Esta acção em que foram accionados simultaneamente 8 fornilhos ocorreu na estrada Guileje-Gandembel e provocou um morto (oficial) e dois feridos graves.
As minas eram do tipo TMD e foram comandadas à distância por meios eléctricos por sapadores que se encontravam abrigados.
Operação Caídos do Céu com baixas entre os Pára-quedistas no Norte de Angola.
A operação decorreu na zona a sul do Úcua (Dembos/Zona Militar Norte) e os Pára-quedistas sofreram entre 6 e 8 de Julho quatro mortos (sendo um oficial e dois sargentos), e sete feridos, entre os quais um oficial superior.
Em 1965, Agostinho Neto tinha obtido os favores da Zâmbia para a abertura de vias de acesso e de abastecimento do movimento para o Leste de Angola. Foi uma enorme viragem no MPLA. A 18 de Março de 1966, o MPLA iniciou as operações militares no distrito do Moxico e a 6 de Junho de 1968 atingiu o Bié.
Em 18 de Maio teve início o movimento de expansão do MPLA do Leste para a zona de Malange com a finalidade de instalar a IV Região Militar.
Com a abertura da frente oriental, a guerrilha do movimento atinge uma dimensão verdadeiramente angolana, apoiada daí em diante pelas etnias mais representativas, incluindo uma parte dos bacongos.
O Governo expulsa de Portugal o coreógrafo Maurice Béjart e a sua companhia de bailado, sob a acusação de terem efectuado em Lisboa um espectáculo em que um apelo ao pacifismo foi considerado pelas autoridades como “contrário aos objectivos nacionais”.
Em 6 de Junho morreu Robert Kennedy, vítima de um atentado que tivera lugar dois dias antes. Nessa mesma noite, em Lisboa, Maurice Béjart apresentou o seu Ballet du XXème. Siècle, no Coliseu dos Recreios repleto. Durante a última cena, ouviu-se gritar, repetidamente, “Façam amor, não façam guerra!”.
Simultaneamente, e em várias línguas, eram lidas notícias sobre lutas, revoltas e injustiças. Béjart veio ao palco para afirmar que Robert Kennedy fora “vítima de violência e de fascismo” e para pedir um minuto de silêncio “contra todas as formas de violência e de ditadura”. Com a maior parte dos espectadores de pé, renovaram-se os aplausos.
Informado do sucedido, Salazar proibiu os espectáculos seguintes e ordenou que Béjart saísse imediatamente de Portugal.
Directiva do Comando-Chefe da Guiné para a transferência da unidade estacionada em Madina do Boé.
Devido à sua localização, cercada de elevações de terreno, Madina do Boé era considerada a Dien-Bien-Phu portuguesa. A guarnição militar, uma companhia do Exército, reforçada com artilharia, era frequentemente atacada e vivia dentro de abrigos, sem capacidade para outra actividade operacional que não fosse garantir o seu reabastecimento.
Não existia qualquer interesse operacional em manter ali uma guarnição, não existiam populações locais que fosse necessário enquadrar ou proteger, pelo que a manutenção de uma unidade em Madina do Boé resultava apenas do preconceito de que sair podia ser visto como uma derrota.
A ordem de Spínola para abandonar a guarnição resultava da sua visão pragmática de fazer a guerra e era reveladora do seu conceito de manobra, decididamente orientado para a conquista das populações.
Abandonava terreno desabitado e libertava uma unidade que podia colocar numa zona de maior interesse.
Informação do Estado-Maior do Exército sobre as “Prorrogações das comissões de serviço militar no Ultramar”, sustentando as vantagens que haveria em fomentar essas prorrogações em determinadas condições, por forma a garantir um maior período de permanência dos militares no mesmo território.
Para justificar a proposta, a informação salienta o seguinte: “As fracas disponibilidades em pessoal, as constantes e contínuas comissões a que estão sujeitos os oficiais e sargentos do Q.P., os curtos períodos de intervalo em que permanecem na Metrópole, a dificuldade de na Metrópole conseguirem colocação nas localidades onde têm as suas casas e obrigações familiares, as reduzidas possibilidades financeiras da maioria dos militares do Q.P., origina um estado de pessimismo e de desânimo que urge eliminar ou, pelo menos, reduzir”.
Ataque do PAIGC à povoação de Sare Jambara (Fajonquito) com granadas explosivas e granadas incendiárias, que provocaram o incêndio das casas. Foi a primeira utilização de granadas incendiárias referenciada pelas forças portuguesas.
O MPLA, através do destacamento BBKO (Bomboko), chegou a Mandume, sendo dividido em três secções, que avançaram por escalões.
O MPLA continuava o esforço de progressão ao longo da Rota Agostinho Neto, tendo os grupos Lastro escoltado o destacamento BBKO até Sautar, cobrindo-lhes os flancos e a retaguarda.
Aprisionamento, pelas autoridades do Congo-Kinshasa, de um sargento e 12 soldados portugueses no interior daquele país.
Estes militares seguiam numa viatura militar Unimog e faziam parte da escolta a um movimento logístico para Teixeira de Sousa. Dirigiram-se desta vila à ponte sobre o rio Luau, atravessaram-na entrando em território da RDC, onde foram presos.
Este episódio foi atribuído a leviandade e inadvertência dos militares portugueses.
A OUA reconhece o MPLA como único representante e organização combatente do povo angolano e retira todo o apoio à FNLA e ao GRAE.
Desde o início da luta armada, o MPLA e a FNLA, confrontaram-se política e militarmente, numa amarga e irreconciliável rivalidade que acabou por enfraquecer o seu esforço anticolonial conjunto e ensombrar as primeiras décadas da independência de Angola.
Durante os anos da guerra assistiu-se também a várias intervenções externas no conflito angolano. A Organização de Unidade Africana tentou unir os esforços dos anticolonialistas angolanos, mas algumas vezes acabou por deitar mais achas na fogueira da animosidade entre os movimentos angolanos.
Recusa, pelas duas partes, do pedido de reconciliação entre o MPLA e o GRAE.
Na sequência da recomendação do Comité Especial da OUA sobre Angola para que todos os países se recusassem a reconhecer o GRAE e para que o MPLA e o GRAE se reunissem numa comissão conjunta, os dois partidos emitiram um comunicado distribuído em Brazzaville e em Kinshasa informando que essa reunião não era possível.
Memorando sobre “O moral do Exército” do Estado-Maior do Exército, baseado num conjunto de documentos provenientes do Ultramar e das unidades de instrução, com conclusões muito pessimistas, em especial em relação aos quadros permanentes.
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