Um grupo de guerrilheiros atacou o aeródromo militar de Furancungo com armas ligeiras. Apesar de não ter tido consequências, o ataque revelou a facilidade de movimentos e a organização da FRELIMO na zona de Tete.
Corte de relações entre o Congo-Kinshasa e o Congo-Brazzaville.
O corte de relações deu-se porque Mobutu mandou matar Pierre Mulele, que tinha sido ministro da Educação no Governo de Lumumba, esteve envolvido na revolta dos simbas e tinha-se exilado no Congo-Brazzaville, sob a protecção de Ngouabi. Regressou a Kinshasa depois de ter sido amnistiado por Mobutu, que o mandou prender quando ele regressou e o mandou assassinar com requintes de crueldade.
O Conselho Superior de Defesa Nacional estuda a possibilidade de criação de “unidades profissionais”, com recurso a elementos das Forças Armadas na situação de disponibilidade.
Assinatura do contrato de aquisição dos primeiros seis helicópteros SA 330 Puma.
Os Puma, helicópteros médios de transporte, com capacidade para 20 passageiros, destinavam-se a complementar os Alouette III, que transportavam cinco/seis passageiros e tinham limitações de voo em todo o tempo e de noite.
Características do helicóptero:
O Sud-Aviation AS-330 Puma é um helicóptero de transporte médio, designado para transportar 20 passageiros ou 3000 kg de carga. Está dotado com dois motores de turbina Turbomeca Turmo IV-B4, com uma potência de 1400 shp, que lhe garantem uma velocidade máxima de 280 km/h (270 em cruzeiro), com um raio de acção de 559 km.
Deserção de três soldados portugueses de Mueda, Moçambique.
Estes três soldados europeus pertenciam à guarnição de Mueda e desertaram após uma acção de propaganda radiofónica da FRELIMO. Foram conduzidos para a Base Beira (perto do rio Rovuma).
Os chefes dos departamentos de Defesa e de Segurança da FRELIMO deslocaram-se à Base Beira para os ouvir.
O Senegal acusa Portugal, apresentando queixa nas Nações Unidas, de um ataque ao seu território, referindo o uso de morteiros, sobre Yaran, no Casamança.
Anúncio da contratação de cem enfermeiras sul-africanas para trabalharem em Moçambique no tratamento de feridos de guerra.
O jornal The Sunday Tribune, de Joanesburgo, noticiava que uma centena de enfermeiras sul-africanas estavam a ser recrutadas para ajudar os soldados portugueses feridos na guerra.
Informação sobre a existência de barcos do PAIGC, em Conacri.
A 28 de Outubro foram referenciados pela PIDE três embarcações militares do PAIGC no porto de Conacri.
Estas embarcações eram de origem soviética, equipadas com dois canhões à proa e dois canhões à popa e um morteiro ao centro. Na mesma data foi referenciado o
regresso de Inocêncio Kanye da União Soviética, onde frequentou um curso de Marinha de Guerra.
Inocêncio Kanye seria o futuro comandante da Marinha do PAIGC e será um dos conspiradores envolvidos na morte de Amílcar Cabral.
Operação Buraco em Cuíto Canavale – Comandos portugueses assaltam quartel da SWAPO.
Na exploração de uma notícia, forças de Comandos do “Agrupamento Picareta” assaltaram um acampamento da SWAPO causando quatro mortos, fazendo sete prisioneiros e apreendendo espingardas Lee Enfield e Simonov e dois rádios E/R Standard.
Início da política de autodefesa das tabancas na Guiné.
A política de agrupar populações em aldeamentos protegidos representava uma cópia parcial da estratégia americana no Vietname e dos franceses na Argélia e visava
proteger a população rural dos insurrectos e permitir a sua conquista.
Na Guiné esta política de auto-defesa, que incluía também a organização de grupos de milícias, teve sucesso no que diz respeito à segurança das populações e aos meios de subsistência.
Em Dezembro de 1971 havia 341 tabancas organizadas em autodefesa com armamento distribuído e 26 em que os seus elementos colaboravam com as tropas portuguesas, perfazendo um total de 11 163 armas distribuídas à população. De qualquer forma, aquilo que se designava abreviadamente por política de aldeamentos não se aplicava isoladamente e Spínola difundiu diversas directivas destinadas à conquista das populações.
O MPLA consolida a actividade na Lunda e a leste do Luso.
No final do mês de Outubro os analistas militares portugueses consideravam que o MPLA estava em vias de consolidar a sua actividade político-militar na Lunda e na faixa leste do Sector do Luso e de infiltrar uma secção do destacamento BBKO na região de Sautar, através da infiltrante geral do rio Luena-Sandando-rio Cassai, que materializaria a Rota Agostinho Neto.
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