1966 - Construir um bastião branco na África Austral

Os Acontecimentos

  • 04
      12/1966

    04/12/1966 - 

    Primeira acção da UNITA, com um ataque a Cassamba, no Leste de Angola.

  • 05
      12/1966

    05/12/1966 - 

    Aprovada a constituição do IBERLANT pelo Conselho do Atlântico Norte da NATO.

  • 15
      12/1966

    15/12/1966 - 

    Fecho da fronteira de Angola com o Zaire por parte do Governo português e suspensão da actividade do caminho-de-ferro de Benguela.

    O Governo português e Franco Nogueira em particular utilizavam estes instrumentos de pressão (fecho de fronteiras e suspensão de actividade do CFB) para “castigarem” o apoio do Congo e da Zâmbia aos movimentos de libertação.

    Quanto ao Governo zambiano de Kaunda, o Governo português tinha relações indirectas com ele através de um agente em Londres. Portugal sabia que Kaunda não estava interessado em atacar o CFB e que impedia o MPLA de o fazer, sabia que era a UNITA (ou mesmo a PIDE) quem realizava as acções de sabotagem para as atribuírem ao MPLA e prejudicarem as relações com a Zâmbia. Esta suspensão era tão-só um aviso a Kaunda para limitar o apoio ao MPLA no Leste de Angola e à FRELIMO em Tete.

  • 16
      12/1966

    16/12/1966 - 

    Aprovação de sanções económicas contra a Rodésia nas Nações Unidas.

    Por 11 votos a favor e quatro abstenções foram aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas as sanções económicas obrigatórias contra a Rodésia. Esta decisão tornou obrigatório o cumprimento das sanções económicas à Rodésia, já que as sanções impostas pela resolução de 20 de Novembro de 1965 eram de cumprimento voluntário e destinavam-se a estabelecer uma base legal para a Grã-Bretanha as conduzir. A partir desta data todos os países que violassem as sanções violavam resoluções das Nações Unidas, como seria, mais uma vez, o caso de Portugal.

  • 19
      12/1966

    19/12/1966 - 

    Contrato entre a Gulf Oil e o Governo português para o “Desenvolvimento de Hidrocarbonetos na Província de Cabinda”.

    A Gulf Oil estava desde 1957 em Angola para prospecção de petróleo no território de Cabinda. Em 1966 a Gulf Oil descobriu o primeiro offshore, que conduziu à delimitação da jazida “Malongo”. Em 1971 foi descoberto o campo de “Takula”.

    As concessões petrolíferas tiveram uma grande importância no financiamento da guerra, na medida em que os royalties eram pagos ao Governo português.

  • 23
      12/1966

    23/12/1966 - 

    Nova simplificação nas normas de promoção dos militares, em virtude das operações em curso nas “províncias ultramarinas”, através do Decreto-Lei 47.414.

    Este decreto determinava que, “enquanto decorrerem nas províncias ultramarinas operações militares ou de polícia destinadas a reprimir as ameaças e perturbações dirigidas contra a ordem e tranquilidade públicas, poderá o Ministro do Exército, por despacho, autorizar que em qualquer Arma ou Serviço, a promoção de oficiais do Exército ao posto imediato se faça com dispensa da frequência dos cursos de promoção normalmente estabelecidos”.

    Tratava-se de mais uma medida decorrente da constante mobilização de oficiais do QP. O esforço de guerra impunha o total aproveitamento dos oficiais em funções de comando, direcção e chefia, escasseando o tempo, por conseguinte, para as pausas de formação profissional que a realização dos cursos de promoção implicavam.

    Procurando colmatar as faltas de oficiais do QP – especialmente no posto de capitão – recorreu-se, a partir de 1966, à convocação de tenentes milicianos que se encontravam na situação de disponibilidade.

    Esta medida só abrangia os oficiais milicianos que não haviam sido mobilizados para o Ultramar como subalternos, os quais, após um curso de promoção ministrado na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, eram mobilizados para o Ultramar como comandantes de Companhia. Por este processo, seriam formados, anualmente, cerca de 100 capitães.

  • 25
      12/1966

    25/12/1966 - 

    Ataque a Teixeira de Sousa, no Leste de Angola, por parte da UNITA.

    Neste ataque, a UNITA sofreu mais de 200 mortos e causou seis mortos civis, entre os quais duas crianças e um agente da PIDE.

    Após este ataque, os guerrilheiros sabotaram o Caminho-de-Ferro de Benguela. Em 1967, como resultado das acções sobre o Caminho-de-Ferro de Benguela, a UNITA foi obrigada a deixar a Zâmbia e passou a ter operacionais apenas no interior de Angola, inicialmente na zona do Bié.

  • 28
      12/1966

    28/12/1966 - 

    Capturado ao PAIGC um emissor-receptor P-104M (soviético).

    Esta captura confirmava a utilização de meios rádio pelo PAIGC. A captura ocorreu durante a Operação Lagoa realizada pela Companhia de Caçadores 1586, no Leste da Guiné.

  • 31
      12/1966

    31/12/1966 - 

    Os efectivos do Exército no final do ano de 1966, nos três teatros  de operações, eram de 107.205.

  • 31
      12/1966

    31/12/1966 - 

    Morreram em combate, no ano de 1966, 106 militares em Angola, 133 na Guiné e 121 em Moçambique, num total de 360.

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