1961 - O princípio do fim do império

Os Acontecimentos

  • 15
      03/1961

    15/03/1961 - 

    Moção do Conselho de Segurança da ONU condenando a situação em Angola, votada pelos Estados Unidos e União Soviética, o que acontece pela primeira vez.

  • 16
      03/1961

    16/03/1961 - 

    Continuação dos ataques dos elementos sublevados do Norte de Angola a algumas povoações, como Carmona, Aldeia Viçosa e Bessa Monteiro.

    Os ataques ocorreram em duas áreas, uma junto à fronteira com o Congo, em Luvaca, Cuimba, Madimba e Canda, e uma outra no interior, na região dos Dembos, em Bessa Monteiro, Zala, Nambuangongo, Quicabo, Cambamba, Quitexe, Zalala e NovaCaipemba.

    Calcula-se que tenham morrido entre 800 e 1000 brancos e entre 6000 e 8000 negros e que tenham saído da região cerca de 3500 refugiados.

  • 16
      03/1961

    16/03/1961 - 

    Chegada a Luanda da primeira Companhia de Pára-quedistas (1ª CCP), seguindo-se, em Abril, a 2ª CCP e, um mês depois, a 3ª CCP.

  • 16
      03/1961

    16/03/1961 - 

    Telegrama das associações económicas de Angola ao Governo central, pedindo providências.

  • 17
      03/1961

    17/03/1961 - 

    Primeiro comunicado oficial em Lisboa sobre os acontecimentos do Norte de Angola.

    O Governo tinha determinado a 15 de Março o bloqueio das notícias sobre o que estava a acontecer em Angola. Mas, desta vez, a censura teve efeitos perversos porque o Governo de Angola foi acusado pelos habitantes do território de não informar Lisboa e ficou numa situação de grande debilidade.

    Os jornais de Angola e, principalmente, as rádios estavam a dar grande relevo aos acontecimento e as notícias saídas em Lisboa no dia 17, ainda que suavizadas pela censura, foram a inadiável resposta a esta situação.

  • 18
      03/1961

    18/03/1961 - 

    Início da actuação da Força Aérea no Norte de Angola.

    Tal como aconteceu com o Exército, em 1961 eram muito escassos os meios da Força Aérea em Angola. Dispunha apenas em Luanda de alguns Douglas C-47 para transporte interno e Lockheed PV-2 Harpoon para vigilância marítima, estacionados no mesmo campo de aviação que funcionava como aeroporto civil e campo de aviação militar.

    Foi com os PV-2, um avião de patrulha marítima e luta anti-submarina adaptado a bombardeiro, que a Força Aérea atacou os camponeses que se tinham rebelado, em Janeiro de 1961, na Baixa do Cassange e foram estes aviões os primeiros a entrar em acção no Norte de Angola.

    Nos dias seguintes aos massacres nos Dembos, enquanto as milícias de colonos brancos tentavam resistir na zona afectada, o pouco pessoal do Destacamento da FAP estacionado em Luanda começou a equipar os aviões civis com suportes para bombas, e requisitou vários Piper Cubs, Austers e Voyagers dos aeroclubes e de pilotos privados, que constituíram as Formações Aéreas Voluntárias (FAV) 201, baseadas em Luanda. Nos dias após o choque causado pela acção da UPA, estas aeronaves fizeram grande número de saídas em apoio a várias localidades e fazendas, durante as quais era frequente as tripulações lançarem granadas de mão pelas janelas por não terem outras armas.

    O Grupo 901 – Angola

    A primeira unidade aérea constituída em Angola foi a Esquadra 91, que reuniu os seis aviões PV-2 destacados da Base Aérea 6, do Montijo. Posteriormente foi criada a Esquadra 92 com seis aviões de transporte geral Noratlas adquiridos à empresa francesa UAT, que os operava nos Camarões.

    As esquadras 91 e 92 foram reunidas para constituírem o Grupo 901 que, sob o comando do tenente-coronel Diogo Neto, fez face ao primeiro embate do início da guerra. Os PV-2 realizaram reconhecimentos armados, protecção a populações cercadas e apoio a colunas militares e os Noratlas realizaram operações de reabastecimento e transporte.

    Em Julho de 1961 chegaram a Luanda os primeiros aviões caças-bombardeiros a jacto F-84 Thunderjet que constituíram a Esquadra 93 e, por fim, foi criada a Esquadra 94, com helicópteros.

  • 20
      03/1961

    20/03/1961 - 

    Criação do Comando Geral da Milícia de Angola, por despacho do governador-geral.

  • 21
      03/1961

    21/03/1961 - 

    Chegada a Luanda do almirante Lopes Alves, ministro do Ultramar.

    O almirante encontrava-se muito doente na altura dos acontecimentos do Norte de Angola, mas não parecia aceitável que ele saísse do Governo sem visitar o local.

    Ele deslocou-se num avião especial e, apesar das dificuldades pessoais, elaborou no regresso a Lisboa um relatório em que afirmava “(…) a situação parece-me grave; não se me afigura de fácil ou de pronto remédio; e penso que o governo se deve preparar para uma guerrilha clássica, com todo o desgaste de material e político que essa luta comporta”.

    Também fez uma dura crítica aos poderosos senhores da riqueza de Angola, “por se oporem a tudo o que seja renovação do Ultramar, porque lhes toca nos interesses…”.

  • 21
      03/1961

    21/03/1961 - 

    Evacuação de mais de 3500 portugueses residentes no Norte de Angola para Luanda, através de uma ponte aérea.

  • 22
      03/1961

    22/03/1961 - 

    Manifestação em Luanda contra o cônsul dos Estados Unidos.

    A 22 de Março ocorreu um incidente grave junto ao consulado americano em Luanda. Uma multidão considerável concentrou-se defronte do edifício consular, exigindo a presença do cônsul, William Gibson, e gritando palavras de ordem antiamericanas. De acordo com a versão publicada na imprensa portuguesa, Gibson teria aparecido aos manifestantes e gritado “Vão-se embora, que isto é dos pretos”. Foi então que, segundo o Diário de Notícias, “a população reagiu violentamente perante tamanho insulto aos seus sentimentos patrióticos, pois isto não é só dos pretos nem dos brancos, mas sim dos portugueses”.

    Deste modo, “apoderando-se de um automóvel pertencente ao consulado, encheram-no de capim e de outras coisas, danificando-o e atirando-o para as águas da baía”.

    No dia seguinte, o Diário de Notícias publicava o desmentido de William Gibson que, em carta enviada ao governador-geral de Angola, indicou não ter proferido “uma só palavra em português ou inglês a qualquer das pessoas que se dirigiu ao consulado ou se conservou em frente deste”.

    Segundo o jornal “este desmentido das autoridades norte-americanas de Luanda mostra não ter qualquer fundamento a notícia em que se atribuíam ao cônsul dos Estados Unidos naquela cidade declarações que provocaram a maior indignação na opinião pública portuguesa”.

    Aos olhos da PIDE, porém, o cônsul William Gibson era considerado um indivíduo perigoso. Uma informação da polícia política recebida por Salazar no final do mês de Março referia que Gibson “não estará inocente, antes tenta procurar alimentar todas as acções dos negros contra a soberania de Portugal em Angola”, sendo igualmente “notável a sua intenção de estabelecer o pânico entre os estrangeiros brancos residentes em Angola”.

    Era conhecido o apoio do Governo dos Estados Unidos a Holden Roberto e à UPA, de que ele era presidente.

    Não admira que, depois de recebidos em Luanda os refugiados vindos do Norte e de ouvidas as suas histórias sobre as atrocidades cometidas pelos homens da UPA, se tenha levantado em Luanda um forte sentimento antiamericano.

  • 23
      03/1961

    23/03/1961 - 

    Início da III Conferência dos Povos Africanos, no Cairo, em que foi aprovada uma resolução política respeitante aos territórios portugueses.

  • 23
      03/1961

    23/03/1961 - 

    Portugal abandonou os trabalhos da Assembleia Geral da ONU, em protesto pelo facto de ter sido aceite a discussão da situação em Angola.

  • 25
      03/1961

    25/03/1961 - 

    Carta do ministro da Defesa, general Botelho Moniz, a Salazar preconizando “imediatas reformas no plano interno”.

    Botelho Moniz era ministro da Defesa e substituíra Santos Costa nesta pasta. À sua volta reuniram-se alguns oficiais da chamada “geração NATO”, entre os quais Costa Gomes, tendo como figura tutelar o antigo presidente da República, Craveiro Lopes, que fora substituído por Américo Tomás.

    Botelho Moniz mantinha estreitos contactos com o embaixador dos EUA em Lisboa, Burke Elbrick, e a sua tentativa de golpe estava estreitamente ligada à nova política de Kennedy para África.

  • 27
      03/1961

    27/03/1961 - 

    Reunião dos altos comandos militares, presidida pelo ministro da Defesa, na qual se coloca a hipótese de substituição do Governo.

    Na reunião foi apresentado ao Conselho Superior Militar um relatório pelo general Albuquerque de Freitas, chefe do Estado-Maior da Força Aérea, que propunha alterações à política colonial.

    Todos os presentes, chefes de Estado-Maior, comandantes das Regiões Militares e comandantes da GNR, da Guarda-Fiscal e da PSP, apoiaram o relatório.

    A estratégia seguida pelo general Botelho Moniz para substituir Salazar era a de ganhar apoios e apresentá-los a Américo Tomás, que assim cederia.

    Botelho Moniz tinha o apoio firme de quase todo o Exército e só tinha algumas falhas na Marinha e Força Aérea.

  • 27
      03/1961

    27/03/1961 - 

    Manifestação contra a política norte-americana, em Lisboa.

    A onda de antiamericanismo em Portugal atingiria o seu clímax com a realização de uma manifestação em Lisboa junto à embaixada americana. O embaixador Burke Elbrick relatou para Washington que uma multidão de 15 000 ou 20 000 pessoas se havia manifestado durante mais de uma hora em frente da embaixada, partindo inclusivamente algumas janelas, antes de ser dispersa pelas autoridades portuguesas.

  • 27
      03/1961

    27/03/1961 - 

    Notícia da chegada a Lisboa da delegação militar que se deslocou a Angola para estudo da situação.

    O general Beleza Ferraz, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que liderou o grupo de oficiais da referida missão, declara:

    “A situação em Angola está em vias de franco restabelecimento. As Forças Armadas têm cumprido admiravelmente o seu dever. É de esperar, por isso, que dentro em breve todos os bandos terroristas, vindos do exterior, sejam completamente expulsos e a calma e o sossego voltem de novo a reinar na nossa bela e querida província de Angola.”

  • 27
      03/1961

    27/03/1961 - 

    Publicação do decreto-lei 43.560 que definiu as responsabilidades dos governadores e dos comandantes-chefes em cada território colonial.

    O decreto estipulava que “o governador de cada província ultramarina, como representante local do Governo da Nação, e sempre de acordo com directiva conjunta dos ministros da Defesa Nacional e do Ultramar, conduz a política da defesa no respectivo território. Das disposições que tomar […] o governador deve dar imediato e perfeito conhecimento ao comandante-chefe e mantê-lo sempre informado da situação na província em tudo aquilo que seja de interesse para a preparação, localização, emprego e conduta das Forças Armadas ali estacionadas”.

    A aplicação desta legislação não teve o efeito desejado, já que, em Maio e Junho, foram nomeados novos governadores-gerais para Moçambique e Angola, com a particularidade de, em ambos os casos, se tratar de oficiais-generais que acumularam essas funções com as de comandantes-chefes (almirante Sarmento Rodrigues e general Venâncio Deslandes, respectivamente). Estas nomeações visavam aumentar a coordenação entre as acções militares e civis.

  • 27
      03/1961

    27/03/1961 - 

    Constituição do primeiro corpo de voluntários civis, para actuação no Norte de Angola, que dará origem à Organização Provincial de Voluntários de Defesa Civil de Angola (OPVDCA).

    Em 28 e 29 de de Março, já depois dos acontecimentos no Norte, foram aprovados os diplomas que criavam a “Defesa Civil das Províncias Ultramarinas” e cometiam a sua preparação, organização e execução a um organismo denominado “Organização Provincial de Defesa Civil” (OPDC). A sua função prendia-se essencialmente com a defesa de populações, de vias de comunicações e de instalações sensíveis. Foram ainda nestas datas aprovados os diplomas que criaram o “Corpo de Voluntários”. A OPDC e este Corpo de Voluntários serão os antecessores da OPVDCA, que só será criada em 1962.

    Foi através do decreto-lei 43.568, de 28 de Março, que foram criados os corpos de voluntários nos diversos territórios, constituídos “por cidadãos portugueses ali residentes e em condições de cooperarem na manutenção da ordem e na defesa da integridade da soberania nacional”, já que “no caso de guerra ou de emergência, poderá justificar-se a necessidade de a população civil ser chamada […] a colaborar com as Forças Armadas”.

    No dia seguinte, através do decreto-lei 43.571, legislou-se sobre a organização e funcionamento da defesa civil no Ultramar.

    Embora as circunstâncias fossem propícias ao incremento destas medidas, a verdade é que a criação de um sistema de defesa civil que incluía um corpo de voluntários civis armados era uma medida de cariz claramente colonial porque, na prática, se tratava de armar os colonos brancos contra os rebeldes independentistas. Bem contra a lógica do discurso político oficial – que pretendia fazer crer estar em curso uma espécie de “invasão” do território por forças vindas do exterior – o que esta medida anunciava era a previsão de um longo conflito de natureza civil.

     

  • 28
      03/1961

    28/03/1961 - 

    Reuniões de Botelho Moniz, ministro da Defesa, com Salazar.

    (28 e 29/03/1961)

    Botelho Moniz teve duas longas reuniões, a 28 e 29 de Março, com Salazar, durante as quais frisou o apoio americano para uma solução de tipo federativo para as colónias.

    Salazar prometeu pensar no assunto e Botelho Moniz foi descansar para o Algarve, deixando sair do país, em missão oficial, o CEMGFA, general Beleza Ferraz, e o CEMFA, general Albuquerque de Freitas.

    Antes de partir para o Algarve, e depois da reunião com Salazar, Botelho Moniz ainda almoçou com o embaixador americano, tendo estado presentes Fred Hubbard e Viana de Lemos. Neste almoço, foi dado conhecimento ao embaixador das conversas com Salazar.

    Segundo Elbrick comunicou a Washington, Botelho Moniz estava convencido de que Salazar estava a considerar seriamente as suas propostas.

    A 5 de Abril, dado não ter havido reacção da parte de Salazar, Botelho Moniz foi falar com o presidente da República, expondo-lhe o que tinha dito a Salazar e insistindo na necessidade de o substituir.

    Américo Tomás fez o mesmo que Salazar, pediu para pensar no assunto e sugeriu a Botelho Moniz uma mobilização dos quadros intermédios do Exército, sobretudo dos capitães, para que a pressão se exercesse de baixo para cima, tendo o ministro recusado esta sugestão, baseado no apoio dos generais.

    Aparentemente não era necessário alargar mais a base de apoio, o Exército estava seguro, a Marinha estava de fora, sob a influência do ministro Quintanilha Dias, um salazarista, mas era pouco provável que a Armada se opusesse ao Exército, além de que o seu CEM, almirante Sousa Uva, era um antigo colaborador de Botelho Moniz.

    Quanto às forças militarizadas, o ministro do Interior, coronel Arnaldo Schultz, garantia a sua neutralidade.

    Em resumo, o único foco de resistência podia ser, quando muito, a Força Aérea, comandada directamente por Kaúlza, situação agravada com a ausência do respectivo chefe do Estado-Maior, Albuquerque de Freitas, nos Estados Unidos.

    Entretanto prepara-se a resistência Salazar, Tomás, Kaúlza, Santos Costa, Adriano Moreira e outros indefectíveis do regime, com o tempo que lhes era oferecido, prepararam o contra golpe.

    Sem receber respostas às suas acções, Botelho Moniz comunica a Elbrick (9 de Abril) que vão passar ao ataque e convencer Tomás a demitir Salazar e, em caso de recusa, anunciar-lhe a tomada do poder.

  • 31
      03/1961

    31/03/1961 - 

    Anunciada a prisão do cónego Manuel Mendes das Neves, por apoio aos movimentos de libertação de Angola.

    O inspirador das acções do 4 de Fevereiro foi o cónego Manuel Joaquim Mendes das Neves, mestiço, natural da vila do Golungo-Alto e missionário secular da arquidiocese de Luanda, com quem Bendinha se ligava. Foi preso a 22 de Março na Sé de Luanda.

    A paternidade política do 4 de Fevereiro é ainda hoje motivo de divergência, sendo certo que muitos dos presos do “processo dos 50” eram, ou vieram a ser, militantes do MPLA e que muitos dos participantes na acção estavam ligados à UPA.

     

  • 02
      04/1961

    02/04/1961 - 

    Emboscada em Cólua a uma coluna militar portuguesa, sendo mortos nove militares, dos quais dois oficiais, capitão Castelo da Silva e tenente Prazeres.

    O capitão Castelo da Silva era o comandante da 7.ª Companhia de Caçadores Especiais e foi emboscado quando seguia com os outros militares numa única viatura, à procura de um pelotão com quem tinham perdido o contacto na véspera.

    Durante as buscas efectuadas no dia seguinte no local da emboscada, as forças portuguesas caíram em nova emboscada e sofreram mais sete mortos, um sargento e seis soldados.

     

  • 04
      04/1961

    04/04/1961 - 

    Reorganização da PIDE na Metrópole e nas colónias (decreto-lei 43.582).

    A polícia política do regime, tal como as Forças Armadas, reorganiza-se a partir do Golpe Botelho Moniz, para responder à nova situação em África. Foi estabelecido o princípio da unidade de direcção, de inspecção, de preparação do pessoal e da uniformidade do material e equipamento.

    O “quadro geral” e o “quadro especial do Ultramar” são extintos e substituídos por um “quadro único”.

    Em Angola e Moçambique os serviços da PIDE passam a ser assegurados por subdirectores e nas restantes colónias por inspectores.

     

  • 08
      04/1961

    08/04/1961 - 

    Primeira referência pública de Salazar à questão de Angola durante uma recepção aos agricultores do Baixo Mondego.

     

  • 10
      04/1961

    10/04/1961 - 

    Ataque à povoação de Úcua, na estrada Luanda-Carmona, com o massacre de treze brancos.

  • 10
      04/1961

    10/04/1961 - 

    Primeiro ataque a trabalhadores bailundos de uma fazenda na área do Quitexe.

  • 12
      04/1961

    12/04/1961 - 

    Ataque à povoação de Lucunga, com massacre da maior parte dos seus habitantes brancos.

  • 12
      04/1961

    12/04/1961 - 

    Primeiro ataque da UPA em Cabinda.

    Uma patrulha militar foi emboscada em Tando Zinze, sofrendo três mortos, e a 30 quilómetros a norte, em Zenza, foi morto um fazendeiro europeu e assaltada uma fazenda no Limano.

    A UPA iria instalar-se na zona do Maiombe, uma floresta tropical, num terreno muito acidentado.

     

  • 13
      04/1961

    13/04/1961 - 

    Tentativa de golpe de Estado, dirigida pelo general Botelho Moniz, que levou à demissão dos mais altos chefes militares.

    Antes da concretização do golpe, Salazar fez uma remodelação governamental, assumindo ele próprio a pasta da Defesa em substituição de Botelho Moniz, com Mário Silva a substituir Almeida Fernandes no Exército e Adriano Moreira a substituir Vasco Lopes Alves no Ultramar.

    Beleza Ferraz, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, foi substituído por Gomes de Araújo.

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