Depois de um primeiro ano de guerra pleno de surpresas e sobressaltos, a reocupação do território de Angola afectado pelas primeiras acções da UPA proporcionou uma pausa na actividade militar e deu lugar a indispensáveis medidas reorganizativas. A pouco e pouco, desvaneciam-se as ilusões daqueles que, inicialmente, julgaram ser possível repetir a fórmula das operações punitivas do final do século XIX, que, uma vez concluídas vitoriosamente, permitiam a retracção das forças expedicionárias.
Entendeu-se, então, que havia que encarar a inevitabilidade de uma longa presença em terras de África e preparar as estruturas e formas organizativas que melhor se adequassem ao objectivo político definido pelo Governo de Lisboa.
Da Metrópole vão continuar a chegar reforços para Angola e para as outras colónias africanas, esforço esse que pode ser melhor avaliado, ao nível do Exército, tendo em consideração a diferença entre os quase 50 000 homens presentes no conjunto Guiné-Angola-Moçambique, em finais de 1961, e os cerca de 62 000, um ano mais tarde.
No âmbito da Força Aérea assinale-se a criação da Base Aérea 9 em Luanda. As primeiras unidades de fuzileiros começam a chegar a Angola e Guiné. É neste ano, ainda, que é criado o Centro de Instrução de Zemba, onde se formariam os antecessores das tropas Comandos.
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