Apesar de Angola ter sido o único território africano onde decorreram acções militares durante o ano de 1961, houve necessidade de tomar medidas de precaução em relação à Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique, não esquecendo que Goa, Damão e Diu ainda se encontravam sob domínio português.
Essas medidas, com excepção do Estado da Índia, foram no sentido de reforçar as diminutas guarnições de todos os territórios, embora, compreensivelmente, o maior esforço, qualitativo e quantitativo, se dirigisse para Angola.
Como exemplo, podemos adiantar que, partindo de um total de 12 000 elementos do Exército presentes no conjunto Guiné-Angola-Moçambique no final de 1960, um ano depois já se encontram nos mesmos territórios um somatório de efectivos de quase 50 000 homens.
Depois dos primeiros reforços de emergência enviados para Angola após os acontecimentos de 4 de Fevereiro e, sobretudo, de 15 e 16 de Março, é no seguimento do frustrado golpe militar do general Júlio Botelho Moniz que o reforço da guarnição militar de Angola toma a forma de uma grande expedição, com o envio de volumosos efectivos do Exército, aos quais se juntariam, embora em número compreensivelmente menos significativo, meios aéreos e navais. Esse primeiro grande reforço vai possibilitar, numa primeira fase, a reocupação das zonas dominadas pela UPA.
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