16/01/1968 -

Ataque ao posto avançado de Mitumba (Macomia – Moçambique).

Um grupo da FRELIMO atacou o posto de Mitumba, na zona de Macomia, a sul do rio Messalo, durante uma hora, causando três mortos e seis feridos, tendo sido levados uma metralhadora ligeira, uma espingarda G-3 e seis espingardas Mauser.

Em 1968 ainda existiam postos militares de efectivo de secção e de pelotão em zonas isoladas no Norte de Moçambique, que constituíam um objectivo rentável para os guerrilheiros.

Em 26 de Dezembro do ano anterior, na mesma região, tinha sido atacado o posto militar que vigiava a ponte sobre o rio Messalo, perto do Chai, que causou a morte de três militares incluindo o alferes comandante.

Em 1968 ocorreram vários ataques de guerrilheiros quer do PAIGC, na Guiné, quer da FRELIMO, em Moçambique, a postos isolados das forças portuguesas em que foram feitos prisioneiros militares e capturado material de guerra.

Estes factos ocorreram porque as unidades de guerrilheiros aumentaram a sua capacidade operacional, dispondo agora de melhor armamento, de melhor instrução e comando, enquanto os militares portugueses continuavam a ter postos com efectivos de pelotão (30 homens) ou mesmo de secção (12 homens) em locais isolados, empenhados em acções de rotina, quase se limitando à mera presença. Foi referenciado que o grupo atacante era comandado por um “europeu alto, de cabelo encaracolado e apresentando-se de tronco nu, falando português” que a PIDE admitiu tratar-se de um argelino de nome John, comandante do Grupo Moçambique.

Em Fevereiro este branco comandou o ataque de 60 guerrilheiros ao Posto Avançado 11 de Abeamuala, que causou dois mortos e sete feridos e durante o qual foram capturados uma metralhadora e dois rádios.