04/1968 -
Criação dos Centros Conjuntos de Apoio Aéreo (CCAA) entre as forças portuguesas de Angola e as forças sul-africanas.
No início da guerra, os regimes brancos da África do Sul e da Rodésia prestaram um apoio limitado às forças portuguesas. Esse apoio foi aumentando à medida que estes dois regimes começaram a verificar a incapacidade de Portugal de controlar a situação. Estavam preocupados com o seu futuro no caso de uma derrota de Portugal e a partir de 1968 intensificaram os seus apoios, fornecendo material e até unidades de combate. Em 1968, os sul-africanos começaram por fornecer helicópteros Alouette III para serem operados por pilotos portugueses, mas esse apoio evoluiu rapidamente para o fornecimento de tripulações e finalmente foram destacadas companhias das Forças de Defesa da África do Sul (SADF). Estas unidades terrestres e aéreas operavam em conjunto com forças portuguesas, a partir das bases de Cuíto Cuanavale e Gago Coutinho, onde foram criados Comandos Conjuntos de Apoio Aéreo (CCAA), em Abril de 1968.
Também existem, em relatórios sul-africanos, referências à tentativa de recrutamento por parte de Portugal de alguns pilotos rodesianos para operarem helicópteros da Força Aérea. Contudo, quando os primeiros helicópteros SA330 Puma chegaram a Angola, foram operados por pilotos portugueses.
A Força Aérea no Leste de Angola
Em Abril de 1968, com a abertura da Frente Leste, a Força Aérea começou a operar a partir de Gago Coutinho e Cuíto Cuanavale para apoio às operações do Exército.
Estes dois aeródromos foram construídos em 1967 e o Cuíto Cuanavale passou a ser a sede de um Destacamento de Cooperação com os militares da África do Sul.
Luso – o centro de operações no Leste
O dispositivo e a organização da Força Aérea em Angola acompanharam o evoluir da situação, primeiro com os meios concentrados no Norte, em Luanda e em Negage, depois, a partir de 1968, no Leste, primeiro em Henrique Carvalho, que foi perdendo influência para o Luso. O Luso transformou-se no verdadeiro centro operacional da Força Aérea no Leste. Foi no Leste que ocorreram as duas formas de actuação mais significativas do emprego da Força Aérea em Angola.
Operações de salto de rã
O emprego dos helicópteros Puma permitiu aos Pára-quedistas ensaiarem as operações de “salto de rã”, ou de “gafanhoto”, conjugando forças helitransportadas
e pisteiros de combate para perseguir ou emboscar guerrilheiros no seu trânsito entre as bases e os seus objectivos.
A cooperação com os “Primos”
Neste período iniciou-se a actuação conjunta com os meios aéreos da África do Sul, designados em código por “Primos”, nos Destacamentos de Cooperação do Cuíto-Cuanavale e de Gago Coutinho.
Unidades da Força Aérea no Leste
Aeródromo Base 4 – Henrique Carvalho
Esquadra 402, Reconhecimento e Apoio de Fogo Ligeiro
Esquadra 403, Transporte Aeródromos de Manobra:
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AM 41 – Portugália
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AM 42 – Camaxilo
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AM 43 – Cazombo
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AM 44 – Luso
Esquadra de Helicópteros 401
Destacamentos de Cooperação:
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Luso
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Gago Coutinho
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Cuíto-Cuanavale