16/04/1968 -
Operação Flotilla, em que forças portuguesas e rodesianas combateram em conjunto guerrilheiros do COREMO, na zona de Tete, Moçambique.
A operação realizou-se na área do Rio Mazue, tendo sido feitos vários mortos. Em Junho de 1968, numa acção combinada entre o 1º RLI (Regiment of Light Infantry) e forças portuguesas, na zona de Vila Pery, foram capturados dois guerrilheiros.
As relações entre as Forças Armadas rodesianas e portuguesas foram intensas a partir da declaração unilateral da independência da Rodésia, o que motivou a intensificação da luta dos movimentos rodesianos que lutavam contra o domínio branco e que passaram a desenvolver acções de guerrilha.
Apesar dessas relações intensas entre as forças rodesianas e portuguesas, os rodesianos consideraram quase sempre os militares portugueses como pouco combativos e mais interessados em passar os dois anos da comissão do que em vencer a guerrilha.
Os seus relatórios são frequentemente pouco elogiosos para os portugueses, comparando-os desfavoravelmente com os rodesianos.
Um relatório mais compreensivo para o comportamento dos portugueses é o do ex-sargento Alexandre Binda do Rhodesia Army Pay Corps. Ele escreveu um livro, The Saints: The Rhodesian Light Infantry. The all new Regimental History, em que aborda as relações com forças portuguesas de Moçambique. Este relato reflecte uma opinião muito interessante, não só da cooperação entre rodesianos e portugueses na zona de Tete,como contraria alguns relatórios com opiniões desfavoráveis para as tropas portuguesas feitos por militares rodesianos. Alexandre Binda era filho de mãe portuguesa e pai rodesiano, tinha nascido na Beira, falava português e podia por isso conversar com os militares portugueses e obter um conhecimento mais profundo do que estes pensavam, do que os militares rodesianos que não falavam a língua.