Leopold Senghor apresentou em Dacar um plano de paz para a Guiné, que propunha a independência no quadro de uma Comunidade Luso-Africana.
Senghor tentou sempre encontrar vias de diálogo para a resolução do problema colonial na Guiné. A visão que ele tinha da presença portuguesa na África era a de um
homem de cultura, de que seria desastroso se Portugal fosse expulso da África pela força das armas, o que poderia significar o fim da cultura portuguesa no continente. Por outro lado considerava que os países latinos eram mais capazes de relacionamentos pacificadores que os anglo-saxónicos. Preocupava-o o imobilismo do Governo português e via no general Spínola um interlocutor – chegou a compará-lo a De Gaulle – para conseguir uma independência negociada.