14/10/1969 -

Crise nas relações de Portugal com a Suécia.

No acto de posse, o novo primeiro-ministrosueco, Olof Palme, declarou que o seu Partido Social-Democrata e o Parlamento apoiavam unanimemente os partidos emancipalistas das colónias portuguesas da Guiné e de Moçambique, o PAIGC e a FRELIMO. Este apoio foi materializado como ajuda para fins humanitários, sendo feito no cumprimento das disposições da ONU. Na sequência destas declarações o Governo português protestou junto do Governo sueco.

Ainda como reacção, as autoridades portuguesas e as câmaras municipais de Lourenço Marques, Luanda e Lisboa boicotaram os produtos suecos.

Em Lisboa explodiu na noite de 23 para 24 de Setembro uma bomba de fabrico doméstico nas instalações da firma sueca Volvo.

Não houve no entanto corte de relações diplomáticas com a Suécia.