08/03/1971 -
Atentado da ARA na Base Aérea de Tancos, com destruição de grande número de aeronaves.
Nesta acção realizada por um comando da ARA foram destruídos cinco helicópteros e oito aviões e atingidas mais 15 aeronaves que se encontravam num hangar da base.
A base de Tancos foi, durante a guerra, o centro de instrução de pilotagem de helicóptero.
As acções das organizações armadas constituíram a expressão mais radical da luta dos oposicionistas portugueses contra a ditadura e a Guerra Colonial.
A ARA era uma organização do Partido Comunista Português que surgiu em 1970, após a ruptura entre o núcleo de Argel da Frente Portuguesa de Libertação (FPLN) e o PCP. A FPLN decidiu apoiar as recém-criadas Brigadas Revolucionárias e a ARA apareceu como a organização armada do Partido Comunista, tendo como responsáveis alguns dos seus quadros, entre eles Manuel Serra, Francisco Miguel e Narciso Raimundo.
A primeira acção da ARA teve como objectivo a sabotagem do navio Cunene, utilizado no transporte de tropas para as colónias. A acção mais espectacular da ARA foi a levada a efeito contra a Base Aérea n.º 3, em Tancos.
A ARA viria ainda a sabotar a estação dos CTT que servia para apoiar a reunião do Conselho do Atlântico Norte, a grande reunião ministerial da NATO que se realizou em Lisboa, em 3 Junho de 1971.
Informação de 25 de Novembro de 1971 com os prejuízos:
Hangar – reparação avaliada em 1800 contos.
Aeronaves no hangar:
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Um helicóptero SA 330 Puma
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Catorze helicópteros AL III
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Cinco aviões DO 27
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Quatro aviões Cub
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Um avião Auster
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Um avião Chipmunk
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Foram totalmente destruídos:
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Um helicóptero SA 330 Puma
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Quatro helis AL III
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Quatro aviões Cub
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Um avião Auster
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Sem possibilidade de recuperação:
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Um AL III
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Atingidos com graves danos, mas recuperáveis:
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Onze helis AL III
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Dois aviões DO 27
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Um avião Chipmunk.
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