31/03/1971 -

Difusão da Directiva do Comando-Chefe de Angola, que cria a Zona Militar Leste, depois do despacho de aprovação do ministro da Defesa de 8 de Fevereiro de 1971, com menção dos efectivos dos movimentos naquela zona – 6000 para o MPLA, 700 para a FNLA e 1300 para a UNITA. O general Bettencourt Rodrigues assumiu o seu comando.

A Zona Militar Leste (ZML) foi um comando conjunto dos três ramos das Forças Armadas no qual foram descentralizadas e atribuídas responsabilidades operacionais e do governo civil. Foi comandado pelo general Bettencourt Rodrigues e tinha sede no Luso.

 

A Zona Militar Leste

  • Superfície – 670 000 km2

  • População – 1 250 000 habitantes

  • Fronteira – 2900 km (com três países: República Democrática do Congo, Zâmbia e África do Sul/Namíbia).

A superfície da ZML representava 52% da superfície de Angola, 84% de Moçambique, era 18 vezes superior à da Guiné. O terreno era em geral plano e arenoso, coberto por savana, com raras manchas de floresta. Na época das chuvas (Setembro a Abril) os rios inundavam extensas áreas, tornando-as intransitáveis.

A estrutura de comando: militar e civil

O comandante da ZML tinha sob o seu comando as forças do Exército, os meios operacionais do Comando da Marinha na ZML (destacamentos de Fuzileiros em Lungué-Bungo e Zambeze e uma companhia de Fuzileiros em Vila Nova da Armada, no rio Cuíto) e os meios da Região Aérea nas bases de Henrique de Carvalho (AB4) e do Luso.

Também exercia o comando operacional das unidades de reserva do Comando-Chefe, das forças auxiliares e tinha controlo operacional sobre os Flechas da DGS. Quanto às estruturas administrativas civis, o comandante da ZML tinha competência para coordenar a acção dos vários serviços, através dos governadores de distrito e podia convocá-los.