02/04/1972 -

Início de uma visita de uma delegação da ONU às zonas libertadas da Guiné-Bissau, que se prolongou até dia 8.

A visita

A missão que visitou a Guiné era constituída por três membros efectivos, representantes do Equador, Suécia e Tunísia e por dois funcionários da ONU. Efectuou a visita entre 2 e 8 de Abril e esteve na zona de Catió e Quitafine onde, de acordo com o relatório, observou estruturas militares, escolas e armazéns. Do relatório da visita constam apreciações sobre a situação no campo do ensino, da saúde, da administração da justiça, da reconstrução da economia e da formação de uma assembleia nacional. Esta visita, tal como outras levadas a cabo pela ONU e pelo PAIGC, contribuiu decisivamente para uma crescente aceitação daquilo que veio a tornar-se inevitável – a declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau.

A resposta portuguesa

Enquanto decorreu a visita, as forças portuguesas tentaram perturbá-la com acções militares, mas sem porem em risco a vida dos membros da ONU. As grandes acções ocorreram após a visita. Para demonstrar a inexistência de regiões libertadas, condição essencial para que a Guiné viesse a ser reconhecida como Estado independente, foram realizadas várias operações no Cantanhez e nas zonas onde o PAIGC tinha uma forte componente militar – regiões de Bedanda, Cabolol, Tombali, Guileje.