Primeiras acções da FRELIMO nos distritos de Manica e Sofala, no Centro de Moçambique.
O primeiro ataque a Manica e Sofala foi lançado a 25 de Julho de 1972 por uma unidade sob o comando de Fernando Matavele. Nesta frente e nos distritos da Beira e de Vila Pery, a organização da FRELIMO era baseada em “focos” e não em “avanços”, como em Cabo Delgado.
Em termos militares, a grande ameaça da FRELIMO, que acabou por se concretizar, foi a passagem para sul do Zambeze, facto também muito preocupante para a Rodésia.
Para Portugal, o perigo da passagem residia na aproximação à Beira. A partir daí foi difícil travar a progressão da FRELIMO porque não havia forças militares suficientes e não houve tempo, nem coordenação de esforços entre militares e civis para actuar junto das populações e tentar fazer um “muro” como no rio Messalo com os macuas a conterem o avanço dos macondes.
Os aldeamentos demasiado grandes, quase sempre com más condições de vida, e as muitas violências cometidas contra as populações favoreceram a progressão da FRELIMO.