14/10/1972 -

Apresentação de cartas dos Padres de Burgos de várias missões da congregação em Moçambique perante a Assembleia Europeia “Justiça e Paz” da Igreja Católica sobre situações consideradas de violação dos direitos do homem cometidas pelas autoridades portuguesas.

As cartas denunciavam situações consideradas de violação dos direitos do homem e descreviam a actuação das autoridades portuguesas.

No final da reunião em Roma a assembleia emitiu um comunicado no qual assumia uma posição nitidamente contrária à política portuguesa nos territórios ultramarinos e em favor da autodeterminação. Esta atitude e a colaboração com alguns grupos da FRELIMO transformaram os Padres de Burgos em elementos inconvenientes, pelo que seriam expulsos de Moçambique.

Os padres do Instituto Espanhol das Missões Estrangeiras, ou Padres de Burgos, tinham chegado à Beira em 1954, a convite de D. Sebastião de Resende, sendo-lhes confiadas as missões da Beira e Tete.