11/1972 -
Terceira reunião de alto nível do Exercício Alcora, em Lisboa, com representantes de Portugal, África do Sul e Rodésia, na qual foi aprovado e confirmado o Projecto de Conceito Militar para os Territórios Alcora, concluindo que as ameaças aos “Países Alcora” eram o comunismo e o nacionalismo africano, em que o segundo era “o instrumento escolhido pelo primeiro para alcançar os seus objectivos mais profundos”.
Na reunião de Lisboa os representantes começaram por distinguir os Países Alcora (Portugal, República da África do Sul e Rodésia) dos Territórios Alcora (África do Sul, Rodésia, Angola e Moçambique).
Desenvolvendo uma teoria em torno de determinados conceitos gerais, da “Estratégia mundial e suas implicações”, da “Interdependência estratégica dos territórios Alcora” da “Ameaça aos territórios Alcora”, a proposta aprovada acabou por concluir sobre a “Política militar para os territórios Alcora”. Nesse sentido propunha como primeiro objectivo estratégico o de “assegurar a inviolabilidade individual dos territórios Alcora, pela eliminação da subversão”, “através de um esforço mútuo”, com as seguintes formas de acção:
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“Organizar uma força estratégica constituída por meios aéreos de ataque e forças terrestres altamente móveis, que sirva de dissuasor convincente contra uma ameaça externa e que assegure uma intervenção oportuna e eficiente”;
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“Desenvolver uma intensa campanha socio-psicológica no interior dos territórios Alcora, por forma a desacreditar o inimigo e a captar as populações para o nosso lado”;
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“Desenvolver uma intensa campanha psicológica externa, para convencer as nações africanas e do mundo livre de que a sua própria sobrevivência está sendo ameaçada na África Austral e assim ganhar aliados para a nossa causa”;
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“Promover a actuação de uma eficiente rede de agentes dos serviços de informação, particularmente nos países vizinhos”;
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“Dentro dos limites das suas possibilidades, conjuntas e individuais, garantir a segurança das linhas de comunicação marítimas, em especial da rota do Cabo”.