11/01/1973 -

Demissão dos funcionários públicos que participaram na vigília da capela do Rato.

Por decisão do Conselho de Ministros, foram demitidos os doze funcionários públicos que tinham participado na vigília organizada na capela do Rato. Esta medida originou o envio ao presidente do Conselho de um abaixo-assinado de protesto subscrito por mais de 400 personalidades das mais diversas áreas de actividade. Na Assembleia Nacional, o deputado Miller Guerra, da Ala Liberal, defendeu os participantes dessa vigília merecendo a crítica dos “ultras” do regime. O deputado Casal-Ribeiro perguntou-lhe se ele achava bem que se discutisse a presença de Portugal no Ultramar e Miller Guerra respondeu-lhe que sim, não só na igreja, mas também em qualquer outra parte.

As contradições no interior do regime acentuavam-se sem que Marcelo Caetano conseguisse definir uma política.