13/01/1973 -

Marcelo Caetano, numa “conversa em família” transmitida pela televisão e pela rádio, declara que “só temos um caminho, defender o Ultramar”.

Na sequência da vigília da capela do Rato, Marcelo Caetano fez uma reafirmação da política de intransigência relativamente ao Ultramar e dirigiu-se em particular aos meios católicos que contestavam o regime, classificando-os, não como católicos, mas como “cristãos com casos de consciência”:

“Parece que há cristãos com casos de consciência por causa do Ultramar.(…) Pondo as mãos em atitudes devotas ou espetando o dedo a proferir sentenças de moral.

Que bom ser moralista! Que bom, no remanso de sua casa, antes ou depois do jantar, dizer como as coisas devem correr para tudo ficar no melhor dos mundos! Que bom poder resolver os problemas de consciência com algumas sentenças ambíguas, praticando gestos inconsequentes, ou fazendo prédicas e orações!”