25/03/1973 -

Primeira utilização dos mísseis terra-ar Strela pelo PAIGC, com o abate de um avião Fiat G-91, próximo de Guileje.

O avião Fiat G-91 era pilotado pelo tenente Cardoso Pessoa, que foi o primeiro piloto português a sofrer um ataque com míssil SAM-7. Na sequência da acção conseguiu ejectar-se perto de Guileje e foi recuperado por uma unidade de Comandos helitransportada. O dia 25 de Março de 1973, em que o PAIGC abateu um avião Fiat G-91 com um míssil terra-ar, que no relatório português foi designado por “arma desconhecida, tipo foguete” e só mais tarde identificado como Strela, representou o fim da supremacia aérea das forças portuguesas na Guiné. Mas não foi uma acção isolada, nem fortuita, já que, só na semana de 25 de Março a 1 de Abril, o PAIGC realizou as seguintes as acções antiaéreas:

  • Um Fiat G-91 foi abatido em 25 de Março sobre Guileje, tendo-se o piloto ejectado e sendo posteriormente recuperado.

  • Dois aviões T-6 foram flagelados junto à fronteira da Guiné-Conacri na zona de Guileje;

  • Um helicóptero AL III foi flagelado com tiros de metralhadora;

  • Um Fiat G-91 foi atingido em 28 de Março com “arma desconhecida, tipo foguete”, em Madina do Boé, tendo explodido e perecido o piloto – o tenente-coronel piloto aviador Brito, o primeiro piloto a ser abatido por um míssil Strela aos comandos de um avião a reacção. A outra aeronave que com ele fazia parelha foi também flagelada com a mesma “arma desconhecida”, mas conseguiu escapar.

Na semana seguinte, de 1 a 8 de Abril, continuaram as acções antiaéreas do PAIGC:

  • Um avião DO-27 flagelado com lança-foguetes RPG;

  • Um helicóptero AL III flagelado com tiros de armas ligeiras em Guileje;

  • Um avião T-6 abatido por arma desconhecida na região de Binta/Guidage, tendo-se despenhado e o piloto perecido.

  • Um avião DO-27 abatido em Binta/Guidage, tendo perecido o piloto e o passageiro, um major do Exército.

  • Um avião DO-27 flagelado em Talicó, sem consequências.