31/05/1973 -

Agravamento da situação em Gadamael-Porto, em consequência da pressão militar do PAIGC e da retirada da guarnição de Guileje.

Durante o mês de Maio o PAIGC realizou 220 acções militares de sua iniciativa, atingindo o valor mais elevado desde o início da guerra.

Após a retirada das tropas portuguesas de Guileje para Gadamael, este quartel ficou com um dispositivo de duas companhias (Caçadores 4743 e Cavalaria 8350) e ainda dois pelotões da Companhia de Caçadores 3520, um pelotão de canhões sem recuo com cinco armas, um pelotão de reconhecimento, com apenas um veículo blindado White, mais um pelotão de Artilharia com cinco obuses de 14cm e um pelotão de milícias. Um outro pelotão de milícias estava reduzido a uma secção.

Depois do afastamento do major  Coutinho e Lima, assumiu o comando do COP 5 o capitão Ferreira da Silva, dos Comandos.

Gadamael, entre o meio-dia de 31 de Maio e o fim da tarde de 2 de Junho, esteve debaixo de fogo de armas pesadas e ligeiras continuadamente, tendo sido referenciados disparos de morteiros de 120mm, canhões sem recuo e lança-granadas foguete, com um número de rebentamentos estimado de 700, que causaram cinco mortos e 14 feridos e elevados prejuízos materiais.

No dia 1 de Junho, a Companhia de Caçadores 3520, de Cacine, transmitiu a seguinte mensagem para Bissau:

“Informo Gadamael Porto destruído. Feridos e mortos confirmados. Pessoal daquele fugiu para o mato. Solicito providências e instruções concretas acerca procedimento desta”.

O Comando-Chefe determinou que as tropas Pára-quedistas, que se encontravam em Cufar, seguissem para Gadamael.