31/05/1973 -
Carta de Sá Viana Rebelo para Kaúlza de Arriaga a anunciar o fim da sua comissão.
A certo passo, a carta referia: “(…) admitiu a possibilidade de continuar mais algum tempo se lhe fossem dados os reforços que pediu.
Tais reforços foram cuidadosamente analisados e não se encontra possibilidade de se lhes dar agora solução.
Assim, venho comunicar-lhe que a partir do fim de Julho fica liberto da missão que lhe coube em Moçambique…”.
Os reforços que Kaúlza tinha pedido constavam de uma carta de 29 de Janeiro de 1973 e incluíam um alargamento de competências para escolher os oficiais comandantes adjuntos do Exército, Marinha e Força Aérea, os chefes do Estado-Maior e o comandante das forças de intervenção, a competência para graduar oficiais e sargentos dos quadros permanentes, para autorizar despesas até 2000 contos, para dispor de uma dotação anual de 50 000 contos a aplicar de acordo com as necessidades inopinadas da guerra, a definição pelo Governo de Lisboa de uma estratégia a nível nacional que conferisse prioridade ao teatro de operações de Moçambique nos próximos dois anos, os seguintes reforços de pessoal:
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Pessoal para o Centro de Instrução e Batalhão de Comandos;
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Dois Batalhões de Caçadores (Vila Gouveia e Mocumbura);
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18 Companhias de Caçadores;
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Quadros para 12 Companhias de Comandos;
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Duas Companhias de Páraquedistas;
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Quadros para 17 GE.
Fornecimento de:
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150 000 minas antipessoal para o obstáculo de Cahora Bassa e linhas de transporte;
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1 000 000 de minas antipessoal para a fronteira do Rovuma (com a Tanzânia);
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5/6 aviões Noratlas;
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20 helicópteros AL III para operações gerais;
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Oito helicópteros AL III para a defesa de Cahora Bassa:
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Helicópteros PUMA;
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Meios aéreos e navais de interdição da albufeira de Cahora Bassa.