08/06/1973 -
Reunião de Comandos em Bissau com a presença de Costa Gomes, para análise da situação na Guiné, de que resultou a orientação – remodelar o dispositivo, trocar espaço por tempo.
A reunião realizou-se no Quartel-General do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e foi presidida por Costa Gomes.
Estavam presentes o general Spínola, os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea, o comandante-adjunto operacional e os chefes das repartições de operações e de informações para fazerem as apreciações e tirarem as conclusões das diversas sessões de trabalho presididas por Costa Gomes durante a sua visita à Guiné.
Nestas sessões foram analisados os factores que caracterizavam a situação e as “claras perspectivas do seu contínuo agravamento” e definidos os “parâmetros orientadores da manobra face à conjuntura e à sua evolução”.
Meios e efectivos do PAIGC
O efectivo total das forças de guerrilha organizadas era estimad0 entre nove e 10 mil combatentes, um número pouco inferior aos efectivos militares combatentes portugueses.
Melhor armados e com mais elevada mobilidade, os guerrilheiros alcançavam a superioridade táctica no terreno.
Efectivos do PAIGC:
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185 bigrupos (cada um equivalente a uma companhia menos);
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16 grupos de morteiros e canhões sem recuo (cada um com seis canhões sem recuo e seis morteiros 82mm);
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Dois grupos de morteiros de 120mm;
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Nove grupos de foguetões de 122mm;
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Dois grupos de artilharia antiaérea convencional;
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Nove grupos de mísseis antiaéreos (Strela);
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16 grupos de sapadores;
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Dois pelotões de carros de combate (cinco carros cada um – BTR);
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Duas baterias de artilharia antiaérea (57mm e 85mm);
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Peças de 130mm.