10/07/1973 -

Denúncia do massacre de Wiriyamu feita pelo padre inglês Adrian Hastings no jornal The Times de Londres.

O padre Adrian Hastings era um membro influente da Igreja Católica em Inglaterra e possuía boas relações em Roma, onde tinha estudado no colégio da Propaganda e Fé, além de pertencer à ordem beneditina dos Padres Brancos dos missionários que haviam recebido os testemunhos das vítimas de Wiriyamu. Era licenciado em História pelo Worcester College da Universidade de Oxford e trabalhou na diocese de Masaka, no Uganda, dirigida pelo bispo Joseph Kirwanuka, ao tempo o único bispo negro de África. Era ainda um activo participante do movimento de renovação da Igreja Católica iniciado com o Concílio Vaticano II e trabalhava como professor do seminário junto de estudantes africanos. Recebera ainda a incumbência dos bispos ingleses de preparar notas de introdução ao concílio para serem enviadas para as dioceses africanas de língua inglesa do Quénia, Malawi, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.

Hastings estava, portanto, muito envolvido com a situação em África, com as relações entre europeus e africanos e era uma figura intelectualmente respeitada. Ao assinar o artigo de denúncia dos massacres em Wiriyamu num jornal conceituado como The Times, o assunto seria tomado a sério.