11/07/1973 -

Carta de Gonçalo Mesquitela, presidente da ANP em Moçambique, para Marcelo Caetano, informando que em Moçambique se sentiam preocupações no aspecto militar.

Dizia o informador:

“A situação no istmo de Tete, a aproximação de actividades terroristas na Beira e a “infecção” de Vila Pery instalam na opinião pública um princípio de alarme que pode agravar-se. A DGS parece ultrapassada pelos acontecimentos. A informação militar não consegue supri-la. E as surpresas sucedem-se. O trabalho de sapa do inimigo é notavelmente bem organizado e, mesmo para além da sua acção junto dos africanos, a técnica de boato e de descrédito de pessoas e de obras tem de ser objecto de exame sério e de contra-medidas que evitem os resultados positivos que estão obtendo”