Independência da Guiné-Conacri.
O território da Guiné-Conacri foi um protectorado francês desde 1849, em conjunto com o Senegal. Em 1891, após a Conferência de Berlim, constituiu-se como uma colónia francesa separada do Senegal e o seu nome mudou para Guiné Francesa, passando a fazer parte da África Ocidental Francesa.
A ocupação francesa não teve grande contestação até à II Guerra Mundial, quando foram descobertos filões de bauxite. Surgiram nesta época os primeiros movimentos sindicais contra a França, onde sobressaiu Sékou Touré, um líder operário que criou o Partido Democrático da Guiné (PDG). Sob a direcção de Sékou Touré, a Guiné seria a única colónia a votar contra a constituição da Comunidade Francesa em 1958, optando pela independência completa, o que levou a França, cujo presidente De Gaulle se sentiu ofendido, a romper as relações com a Guiné, retirando-lhe toda a ajuda financeira e técnica. Esta situação acabou por levar Sékou Touré a procurar auxílio e apoio na União Soviética.
A Guiné-Conacri foi o principal apoio do PAIGC na sua luta pela independência da Guiné-Bissau. Em Conacri instalou-se a sede do PAIGC e era ali que viviam os seus principais dirigentes, incluindo Amílcar Cabral, que ali foi assassinado. No território da Guiné-Conacri fixaram-se as bases de retaguarda do PAIGC e os seus órgãos de apoio, que ali permaneceram até ao final da guerra.