Massacre de Sharpeville, na África do Sul.
Em 21 de Março de 1960 um grupo de negros, estimado entre 5000 e 20 000, reuniu-se em Sharpeville, uma cidade perto de Vereeniging, para protestar contra a obrigação de os negros terem de usar um cartão de identidade.
A multidão dirigiu-se à esquadra de polícia oferecendo-se para serem presos por não terem os cartões de identidade. Perante esta manifestação, a polícia abriu fogo, matou 70 manifestantes e feriu cerca de 200.
Todas as vítimas eram negras e muitas foram mortas com tiros pelas costas. Na sequência destes acontecimentos, o Governo ilegalizou o African National Congress (ANC) e o Pan Africanist Congress (PAC) e o ANC decidiu iniciar a resistência armada ao Governo.
As reacções internacionais a este massacre acentuaram a condenação ao regime de apartheid da África do Sul e, de um modo geral, aos regimes coloniais, entre os quais o português, favorecendo as teses anticolonialistas, quer no mundo ocidental, quer no Terceiro Mundo.