04/04/1960 -

Independência do Senegal

O Senegal situa-se a norte da Guiné-Bissau, existindo entre ambos os países uma longa fronteira. Historicamente, existiram fortes relações dos povos da Guiné, principalmente manjacos, felupes e papéis, com os povos da península do Casamança.

Os povos do Casamança, com sede em Zinguichor, desenvolveram uma luta de guerrilha para obterem a independência, ou pelo menos uma maior autonomia, relativamente ao poder central de Dacar.

Durante a guerra, e liderado por Senghor, um ocidentalizado que apreciava a cultura portuguesa, o Senegal apoiou o MLG (Movimento de Libertação da Guiné) e a FLING, tendo sido difíceis as relações com o PAIGC, que era decididamente apoiado pela Guiné-Conacri.

O Senegal tentou também promover a aproximação de Portugal com o PAIGC, principalmente através do general António de Spínola, com quem Senghor se encontrou em 1972.

Só após a ruptura das negociações determinada por Marcelo Caetano, Senghor passou a conceder maiores facilidades militares ao PAIGC que se traduziram na intensificação dos ataques às guarnições militares portuguesas junto à fronteira e que culminaram com o cerco a Guidage em Maio de 1973.