Prisão de Agostinho Neto em Luanda.
Agostinho Neto foi preso no seu consultório de médico em Luanda, pelo próprio director da PIDE de Angola. Uma manifestação pacífica realizada na sua aldeia natal, em protesto contra a sua prisão, foi recebida pelas balas da polícia, fazendo algumas dezenas de mortos e duas centenas de feridos, acontecimento que passou a designar-se como “Massacre de Icolo e Bengo”.
Não desejando manter Agostinho Neto em território angolano, as autoridades portuguesas transferiram-no para uma prisão de Lisboa e, mais tarde, para Cabo Verde, primeiro para Santo Antão e depois para Santiago, onde continuou a exercer medicina sob constante vigilância política. Estava em Cabo Verde quando foi eleito presidente honorário do MPLA.