Assassínio do dirigente nacionalista congolês Patrice Lumumba, precipitando o Congo na guerra civil.
Após a independência do ex-Congo Belga, Patrice Lumumba tornou-se primeiro-ministro, depois de o seu Movimento Nacional Congolês ter ganho as eleições. Lumumba defendia a independência do país e a união de todos os congoleses e era visto como um líder radical pelo Governo belga e pelo mundo ocidental, por defender o não-alinhamento e atacar os interesses das multinacionais.
Os Estados Unidos e a Bélgica promoveram a sua destituição do cargo pelo presidente Joseph Kasavubu, cuja autoridade para isso foi contestada por Lumumba. O golpe levou ao seu assassínio em Elisabethville, após uma tentativa de fuga frustrada e prolongadas sessões de tortura.
Seguiu-se uma longa guerra civil que originou a primeira intervenção de Capacetes Azuis das Nações Unidas, com forças belgas e americanas e, pelo lado do Catanga, os gendarmes locais e mercenários capitaneados pelo francês Bob Denard e pelo inglês Mike Hoare.
Por fim, o governo foi parar às mãos de Mobutu Sese Seko, que estabeleceu uma ditadura corrupta e levou o país ao alinhamento pelos interesses dos EUA e da Europa.