15/03/1961 -

Início de uma rebelião dirigida pela UPA no Norte de Angola, contra os colonos portugueses e algumas populações negras, causando centenas de vítimas.

Não existem hoje dúvidas de que as acções foram cuidadosamente planeadas, pois ocorreram simultaneamente e de forma semelhante num significativo número de locais diferentes e na data em que a situação de Angola estava na ordem do dia nas Nações Unidas.

Também parecem hoje claros os objectivos políticos da UPA ao desencadear as acções no quadro de uma insurreição armada:

– Retomar a iniciativa da actividade insurrecional, que o MPLA lhe havia retirado ao assumir a responsabilidade das acções de 4 e 10 de Fevereiro contra as prisões de Luanda;

– Conquistar as populações negras, levando-as a ver que os brancos não eram invencíveis e atemorizando-as de modo a elas se afastarem do convívio com os portugueses.

Existiam assim razões internacionais e internas para a UPA ter desencadeado as acções violentas do 15 de Março. Mas não existia qualquer justificação para a barbárie em que elas se transformaram.

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