Entrada do Exército português em Nambuangongo.
Quando as forças portuguesas entraram em Nambuangongo, a vila encontrava-se deserta.
A situação de tropas portuguesas encontrarem os objectivos desertos, após longas e penosas aproximações, será repetida inúmeras vezes ao longo de toda a guerra. Esta situação será típica das grandes operações.
Os guerrilheiros souberam desde o início respeitar os princípios da guerrilha estabelecidos por Sun Tse: atacar o inimigo quando ele está parado, retirar quando ele ataca.
A operação de tomada de Nambuangongo, com os sacríficios e as baixas que a Operação Viriato custou, é ainda uma consequência dramática da ausência de acção de Salazar durante o perído crucial de Março-Abril.
É que, a 19 de Março, a 5.ª Companhia de Caçadores Especiais tinha chegado a Nambuangongo, tendo encontrado a localidade destruída, apenas com a casa do enfermeiro e a enfermaria intactas. Mas, por falta de efectivos para manter esta posição-chave para o controlo dos Dembos, a unidade teve de a deixar sem qualquer guarnição e partir para Quissele.
Em 16 de Abril, já o Quartel-General da Região Militar de Angola considerava que “a rebelião em Nambuangongo atingiu um desenvolvimento que impede atacá-la com as forças de que, de momento, se poderia dispor”.
Em Agosto foram necessários dois Batalhões e um Esquadrão de Reconhecimento, reforçados com Engenharia e Artilharia e apoiados pela aviação, para alcançar
Nambuangongo.
Nessa operação perderam a vida 21 militares e 61 ficaram feridos.