05/01/1964 -

Ataque do PAIGC a Mansabá, acentuando-se o isolamento do Morés, na zona Central da Guiné.

Mansabá era um quartel português situado no limite da zona do Morés e o ataque foi feito na noite de 4 para 5 de Janeiro, em todo o perímetro, tendo sido incendiadas três casas civis. Também foram implantados engenhos explosivos na estrada Mansabá-Mansoa, um dos quais foi accionado por uma autometralhadora Fox.

Em 28 de Janeiro, no seguimento deste ataque, os guerrilheiros implantaram minas na estrada Mansabá-Bissorã e na estrada Bissorã-Olossato e, a 1 de Fevereiro, opuseram forte resistência à penetração de forças portuguesas na bolanha do Morés, só tendo retirado após a intervenção de dois aviões T-6. Um dos aviões foi atingido a tiro, assim como um helicóptero que procedia a uma evacuação de feridos. As forças portuguesas sofreram dois mortos, tendo ficado feridos o piloto e o mecânico do helicóptero. A 7 de Fevereiro foram detectados e accionados engenhos explosivos na estrada Mansabá-Farim e o PAIGC montou uma emboscada na estrada Olossato-Bissorã. No dia seguinte o PPAIGC montou emboscadas nas estradas Olossato-Bissorã e Mansoa-Bissorã. Estes ataques, minas e emboscadas prologaram-se durante os meses de Janeiro e Fevereiro. O PAIGC começava a tomar o controlo da zona do Morés, onde iria implantar uma das suas primeiras “áreas libertadas”.