O Conselho de Ministros debate a agitação estudantil nas universidades.
A agitação tinha como causa próxima a autorização para a celebração do Dia do Estudante.
Segundo o relato feito por Franco Nogueira, reunidos os ministros em São Bento, ao redor da mesa de reuniões, Salazar perguntou à queima-roupa a Lopes de Almeida, ministro da Educação: “Mas o senhor ministro prometeu ou não que seria autorizado o Dia do Estudante?”.
O ministro, ainda segundo relato de Franco Nogueira no livro Um Político Confessa-se (Diário: 1960-1968), “hesita, tergiversa, titubeia. Lopes de Almeida mete os pés pelas mãos, fica corado até às orelhas e raiz dos seus poucos cabelos, e com esforço murmura com voz enrouquecida: ‘não’.
Estava claramente a mentir. Mas Salazar logo tira a conclusão: ‘Ah! Bem, então o Governo está livre de proibir o Dia do Estudante’. E Lopes de Almeida concorda em publicar uma nota oficiosa proibindo o Dia do Estudante”.
We use cookies to personalise content and ads, to provide social media features and to analyse our traffic. We also share information about your use of our site with our social media, advertising and analytics partners. View more