Criação do Centro de Instrução 21 (CI 21), em Zemba, Angola.
A história dos Comandos portugueses começou nesta data, quando, em Zemba, no Norte de Angola, foram constituídos os primeiros seis grupos daqueles que seriam os antecessores dos Comandos. Para a preparação destes grupos foi criado o CI 21 – Centro de Instrução de Contra-guerrilha, que funcionou junto do Batalhão de Caçadores 280, comandado pelo tenente-coronel Nave, e que teve como instrutor o fotógrafo e antigo sargento da Legião Estrangeira, o italiano Dante Vachi, com experiência das guerras da Argélia e da Indochina.
Os seis grupos preparados neste centro obtiveram excelentes resultados operacionais. Contudo, em 1963, o comando militar em Angola decidiu reequacionar a instrução e a integração destas unidades na orgânica do Exército.
Cabinda, a primeira localização para o Centro de Instrução de Comandos.
Como curiosidade, a primeira localização prevista para instalar o “centro de instrução de Comandos” foi em Cabinda.
Num despacho de 12 de Setembro de 1961, o comandante-chefe de Angola escreveu: “Tal centro deverá ser localizado no ambiente hostil de Cabinda, onde as florestas possuem o seu maior desenvolvimento.”
Este centro chegou a funcionar em Buco-Zau, onde se realizou em Novembro um estágio experimental de 15 dias com instruendos constituídos por um pelotão de pára-quedistas e seis militares indígenas.
O estágio decorreu de forma muito satisfatória, mas não conseguiu vencer as resistências e receios dos “militares do Exército da velha escola” contra as forças especiais, e o general comandante da Região Militar de Angola cancelou a experiência, despachando que “a criação de unidades especiais de voluntários baixaria o moral e o carácter ofensivo que se vinha imprimindo à massa de tropas regulares”.