Fuga de Agostinho Neto de Portugal.
Agostinho Neto, dirigente do MPLA, acompanhado da sua mulher, Maria Eugénia, e de dois filhos pequenos, e de Vasco Cabral, dirigente do PAIGC, evadiram-se clandestinamente de Portugal a partir da Doca do Bom Sucesso, em Pedrouços, graças à cooperação de antifascistas portugueses, entre os quais os dirigentes do PCP Jaime Serra e António Dias Lourenço.
Apoiado pelo Partido Comunista Português, Agostinho Neto saiu clandestinamente de Portugal, dirigindo-se primeiro para Tânger (Marrocos) e depois para Leopoldville, onde estava instalado o Comité Director do MPLA.
Em Leopoldville realizou uma conferência de imprensa, durante a qual condenou o erro estratégico da UPA ao lançar os ataques de Março de 1961 com fogo de canhangulo contra as armas de repetição, canhões e aviões do Exército português e anunciou o propósito que então o animava:
“A unificação das forças nacionalistas numa frente comum”.
No final do ano de 1962, Agostinho Neto foi eleito presidente do MPLA, durante a I Conferência Nacional do Movimento, em Leopoldville, substituindo Viriato da Cruz.
Uma representação do MPLA instalou-se perto de Dar es Salam, em Kurasini, na Tanzânia.