05/06/1967 -

Início da Guerra dos Seis Dias entre Israel e os países árabes.

As acções militares deste conflito decorreram entre 5 e 10 de Junho e opuseram Israel a uma coligação árabe liderada pelo Egipto e que incluía países como a Jordânia, Síria, Iraque, Koweit, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

A Guerra dos Seis Dias surgiu no contexto das tensões derivadas da criação do Estado de Israel após a II Guerra Mundial. A relação entre Israel e os seus vizinhos
nunca foi pacífica e os conflitos israelo-árabes tiveram lugar logo a partir de 1948, tendo como principais causas disputas territoriais.

Na sequência de diversas ofensivas, com destaque para bombardeamentos sírios de povoações israelitas, Israel abateu, em inícios de 1967, diversos aviões inimigos e, em resposta, o Egipto mobilizou tropas para a fronteira, ameaçando desencadear nova invasão. Em Maio, fechou o acesso de Israel ao Mar Vermelho.

A aviação israelita, porém, numa operação relâmpago, eliminou a 5 de Junho a aviação egípcia, apanhada de surpresa no solo e, em três horas, a guerra ficou praticamente resolvida.

Com esta vitória categórica, Israel impôs-se aos seus vizinhos árabes, conquistando os Montes Golan à Síria e os territórios de Jerusalém Oriental e a Faixa Ocidental à Jordânia, que tinham apoiado o Egipto.

 

 

Açores, plataforma essencial para garantir a supremacia de Israel

A questão era, a partir de então, manter a supremacia israelita, e foi desta análise que saiu reforçado o papel da Base das Lajes, nos Açores, como ponto de apoio
decisivo entre os Estados Unidos e Israel.

Os Açores serão o tema central das conversações entre Portugal e os Estados Unidos, com Portugal a tentar ligar a sua política colonial à cedência de facilidades aos
americanos.

A importância dos Açores para o apoio dos Estados Unidos a Israel foi confirmada em 1973, durante a guerra do Yom Kippur, agora já com Kissinger como secretário de Estado de Nixon e Marcelo Caetano como primeiro-ministro de Portugal.