11/12/1967 -

Despacho do ministro do Ultramar que considera os exgendarmes do Catanga como refugiados.

Os ex-gendarmes catangueses que se refugiaram em Angola foram os restos humanos que sobraram e sobreviveram das tentativas de secessão do Catanga feitas por Tchombé. Todos os seus camaradas a quem Mobutu ofereceu uma amnistia, aqueles que a Cruz Vermelha Internacional lhe entregou após promessas de integração, assim como os que se refugiaram no Ruanda e a quem a OUA prometeu apoio, foram massacrados.

Os ex-gendarmes eram bons profissionais, disciplinados, bem enquadrados pelo seu comandante, o coronel Nathanael Mhumba. O seu efectivo era de cerca de 2000 homens, com as respectivas famílias, e mantiveram-se sempre junto à fronteira com o Catanga, na esperança do regresso. A sua sede situava-se na Cimbila, distrito da Lunda, onde existiam ainda dois outros campos. Eram tutelados por um grupo de ligação português de que faziam parte um oficial do Comando-chefe de Angola e elementos da administração e da PIDE.